O problema na saúde pública continua grave em Campos dos Goytacazes, Região Norte Fluminense. Pacientes, moradores, médicos e vereadores denunciam a falta de estrutura, medicamentos e equipamentos para atender toda população. E, para falar sobre esses problemas que o vereador Álvaro Oliveira esteve presente no programa ‘A Voz de Campos’ de sexta-feira (09).
Sob apresentação de Germando Santos e com participação do comentarista Zacarias Albuquerque, o programa teve como tema “CPI da saúde de Campos”, onde foram abordadas questões relacionadas ao pedido deste requerimento, a greve dos médicos e sobre as longas filas de espera nos hospitais. Também foram discutidos assuntos ligados ao novo sistema de transporte alimentador. O vereador Álvaro iniciou a programação denunciando os gastos do Poder Público com o setor de saúde:
"Quase R$ 2 bilhões foram gastos com a saúde em dois anos e seis meses de governo. R$ 700 e poucos milhões em 2017, e R$ 794 milhões em 2018. E, mais de 300 milhões só agora no início do ano. Você não coloca como investimento, mas como gasto. Porque investimento é quando você vê a coisa acontecendo. Agora gasto não, é dinheiro jogado fora. Mau investimento. ”, afirmou.
Durante o programa Álvaro questionou o direito de a população saber onde o dinheiro está sendo investido e sobre os pacientes que estão aguardando cirurgias. “A população tem o direito de saber, o vereador de fiscalizar, mas quantas vezes eu pedi o processo licitatório no ar, mas ninguém nunca nem me ligou para me dar acesso a esses processos”, alegou. “80 pacientes na fila de operação ortopédica há dois anos, sendo 44 no hospital, jogados em macas. ”, completou o vereador.
O caos no transporte da saúde também foi lembrado durante o programa e no ato público dos médicos da rede municipal realizado na última quarta-feira (07). Os profissionais reivindicam também o adiamento do pagamento de gratificação especial para os médicos.
“Ninguém sabe como está sendo gasto e se está chegando o que tem que chegar na Prefeitura e para onde está indo. Porque para a população não está. ”
Transporte Público
Já quando o assunto abordado foi o novo sistema de transporte alimentar da cidade, Álvaro relatou a demora da integração entre vans e ônibus, a falta da constituição dos terminais, as ameaças que os motoristas de vans receberem por parte de um vereador da base do governo. E, sobre a manifestação dos permissionários, que alegam estar sem trabalhar por causa da demora da integração. Eles estão acampando na frente da Praça do Liceu, no Centro.
A Prefeitura através de nota sobre o ato público realizado na quarta-feira (08), informou que, o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) informou que esteve em reunião na última quinta (08) com representantes de cada setor discutindo sobre a bilhetagem eletrônica, além do início da operação do sistema alimentador. Em relação a data de início da operação, o IMTT ressalta que cada permissionário dispôs de 15 dias para assinar o contrato e o prazo para apresentar o veículo e iniciar a operação é de até 30 dias a partir da assinatura."