25/09/2022 às 13h59min - Atualizada em 25/09/2022 às 13h59min

​O Fakebook e a atuação do militante "quanto pior melhor"

Jornal Aurora - FRedação
Por Danyell Braga Dias
Opinião por Danyell Braga Dias

Todo período eleitoral temos as mais diversas formas de militância. A militância de rua, aqueles que fazem visitas, reuniões, etc, mas nos últimos tempos temos visto um exponencial crescimento da militância digital, inclusive por aqueles que acreditam serem influencers capazes de carregar multidões em seus likes e compartilhamentos. Vemos isso na esfera nacional, estadual e municipal, mas o que nos incomoda são os pretensos militantes que propagam o ódio e mentiras, levantando suspeitas infundadas para aflorar comentários de seus "amigos" geralmente do mesmo grupo político que já foi ou será derrotado nas urnas.

Essa semana por exemplo, a secretária de saúde do município de Cardoso Moreira ergueu um verdadeiro mutirão de consultas oftalmológicas e exames para zerar a demanda reprimida, após a aprovação de orçamento realizada pela Câmara Municipal no mês passado. Pasmem, com isso alguns "ocupados" foram "fiscalizar" o ambiente montado em frente à secretaria para verificarem se não havia ninguém pedindo votos. O que viram, os mais de 400 atendimentos em 3 dias, saindo de lá sem qualquer foto ou vídeo comprometedor.

Outros "ocupados", pra não dizer três, foram as redes sociais "cutucar" os perdedores com ofensas e levantando dúvidas, sem qualquer comprovação, quanto a lisura dos atendimentos. É com frase de efeito " Tenho vergonha da saúde de Cardoso".

Será que tinha vergonha quando o município tinha apenas uma ginecologista atendendo? Será que tinha vergonha quando o município não tinha em seus dois maiores colégios eleitorais médicos atendendo de forma diária? Será que tinha vergonha quando não eram realizados exames de maior complexidade, ou mesmo durante a pandemia receberam mais de um milhão e meio e utilizaram apenas para barreiras sanitárias? 

Essa vergonha explicitada demonstra um sentimento de derrota política e fomenta o ódio pelos atendimentos realizados.

Surreal também é ver uma correligionaria de uma deputada que tem seu colégio eleitoral próximo a capital do estado, em meio aos atendimentos esbravejar palavras de baixo calão tentando denegrir outros candidatos. Essa é a política que certamente o povo não quer.

Estive dois dias no local e ver as pessoas sendo atendidas de forma digna e com respeito, que esses "ocupados" não tem, somente nos faz crer que enquanto as redes sociais escondem covardes, a rua mostra a coragem de mulheres que não se abalam.

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