21/02/2022 às 18h05min - Atualizada em 21/02/2022 às 18h05min

Dados técnicos e científicos mantêm Campos na Fase Amarela

- Redação
Mesmo com o avanço da vacinação contra o novo coronavírus, dados técnicos e científicos debatidos na 27ª Reunião do Gabinete de Crise e Combate à Covid-19 desta segunda-feira (21), mantiveram a cidade na Fase Amarela, ou seja, Nível 3 do Plano de retomada das Atividades Econômicas e Sociais. Entre os pontos em destaque está a adesão à imunização infantil e a preocupação das autoridades quanto à aglomeração, principalmente neste período de Carnaval, que pode resultar na subida de novos casos e internações pela doença.
 
A reunião virtual foi aberta pelo secretário de Saúde, Paulo Hirano. Ele estava acompanhado do subsecretário de Atenção Básica, Charbell Kury, do subprocurador Geral, Gabriel Rangel, do chefe de gabinete da Procuradoria, Leonam Rodrigues, e do chefe de gabinete do vice-prefeito, Marcelo Freire. Também esteve presente o secretário de Segurança Pública e Postura, Jackson Sousa. As novas medidas de enfrentamento à doença serão publicadas em Diário Oficial do Município, que pode ser na edição suplementar ainda hoje ou na diária de terça-feira (22).  
 
Paulo Hirano destacou que a vacinação foi o grande passo dado no mundo frente à pandemia que continua, ainda que em um outro cenário. “A imunização é fundamental”, disse o secretário, ao mencionar as decisões da reunião anterior sobre o retorno às aulas, ocasião em que as crianças do seguimento de 5 a 11 anos não tinham completo acesso à vacinação, que foi autorizada somente na segunda quinzena de janeiro. “Por obrigação de ofício, tivemos que tomar a decisão e ofertar às nossas crianças deste segmento esta oportunidade de que fossem imunizadas”. 
 
Além da vacinação diariamente, a Secretaria de Saúde realizou o Dia D de Vacinação Infantil, considerado um sucesso por ter alcançado quase 1.700 crianças vacinadas em um único dia e local. A cobertura vacinal das crianças de 5 a 11 anos é de 39,03%, o que representa 19.518 menores vacinados até sexta-feira (18).
 
O secretário destacou que o passaporte da vacinação não será obrigatório para o retorno das crianças às aulas, mas “pais e responsáveis legais terão um prazo para vacinar seus filhos e, posteriormente, aqueles não imunizados serão comunicados ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar, que são órgão competentes no que cabe a fiscalização do cumprimento do Estatuto da Criança de Adolescente (ECA)”, disse Hirano, que teve o posicionamento corroborado pelo subprocurador Geral, Gabriel Rangel. 
 
“Temos dois direitos fundamentais de igual relevância. Um é o direito da criança ter acesso ao ensino e outro da população que é a questão da prestação do serviço à saúde. Então, uma forma de nós fomentarmos a vacinação é imputar aos pais a responsabilidade de proceder à vacinação”, explica o subprocurador, que disse ainda: “A partir do momento que vacina Covid-19 é incluída no PNI (Plano Nacional de Imunização), ela se torna uma vacina como outra qualquer, de aplicação obrigatória, de modo que incumbe aos pais essa responsabilidade. A omissão dos pais será notificada pela escola aos órgãos competentes para que cumpram seu trabalho e busquem as medidas pertinentes, sempre na proporção em que a vacina for disponibilizada”, disse Gabriel. 
 
TRANSMISSIBILIDADE DA ÔMICRON — Entre os dados apresentados por Charbell Kury estão os 134 milhões de casos registrados no mundo de janeiro até 20 de fevereiro, reforçando a tese de alta transmissibilidade da variante Ômicron. “Ela é 10 vezes mais transmissível que a cepa original, sendo que 90% dos casos são assintomáticos e 10% chegam a hospitalização”, alerta o infectologista. Atualmente, as internações em leitos SUS e Privados então em platô, com descida leve, mas ainda indicam alerta.  
 
Dentro do cenário municipal, Chabell ressaltou que em janeiro, o escore da cidade chegou à Fase Laranja, mas rapidamente, em 2 de fevereiro, voltou para a Fase Amarela, entretanto a proximidade com o Carnaval é motivo de preocupação, pois essa pode ser uma época de muita transmissão da doença. 
 
“Existem as intervenções coletivas, porém há decisões individuais. O município faz suas restrições, mas não adiante nada se as pessoas não fizerem sua parte e continuarem as exposições, se contaminando e ficando doentes”, ressaltou Charbell, acrescentando que “é por isso que fazemos o apelo para que as pessoas, nesse Carnaval, evitem se expor, principalmente se tiver em casa uma pessoa idosa que a gente sabe da vulnerabilidade”, disse.
 
Segundo o especialista, 84% dos óbitos ocorridos em janeiro deste ano em Campos, os pacientes estavam sem vacina ou com esquema vacinal incompleto. “Dos 69 óbitos registrados em janeiro, 16 não tinham recebido nenhuma dose da vacina, outros 42 estavam com esquema incompleto e 11 tinham o esquema completo”, explicou Charbell. Segundo ele, o pico de transmissão e infecção pela variante, possivelmente Ômicron, ocorreu entre os dias 10 e 20 de janeiro.  
 
As intervenções positivas da pasta, que tem a vacinação como grande diferencial com mais de 400 mil pessoas com a primeira dose e quase 335 mil com a segunda dose, conta ainda com a testagem em massa por agendamento, o Telecovid no monitoramento, além da atuação da Atenção Básica na assistência ao paciente.

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