A pedido da Prefeitura de Campos, a deputada federal Clarissa Garotinho (PROS/RJ) começou a discutir no Ministério das Comunicações, nesta quarta-feira (15/12), a inclusão da cidade em dois projetos do governo federal importantes para melhorar a conectividade rural e, de um modo geral, o acesso à internet.
A primeira demanda é a instalação de torres 5G na cidade já em 2022. Pelo calendário atual, o município teria que aguardar até 2025 para recebê-las. Clarissa obteve a garantia da secretária substituta de Telecomunicações, Nathalia Almeida, de que o pleito será analisado o mais breve possível.
O argumento que está sendo usado pelo prefeito Wladimir Garotinho e por Clarissa é de que Campos tem uma importância central na região, sendo inclusive a base de apoio do Porto do Açu, com 15 multinacionais já instaladas no maior investimento em infraestrutura portuária das Américas.
Aliás, Campos é um dos 20 municípios brasileiros que já adequaram sua legislação para a chegada do 5G, mas ainda teria que esperar 4 anos porque se enquadra na faixa de não capital com mais de 500 mil habitantes. Outras cidades já foram beneficiadas, tais como Sorocaba, Rondonópolis e Londrina.
A segunda demanda apresentada tem foco mais específico em conectividade rural, no âmbito do programa Gesac (Governo Eletrônico- Serviço de Atendimento ao Cidadão). Voltado prioritariamente para comunidades em estado de vulnerabilidade social, esse programa prevê a instalação de antenas de internet em banda larga.
“Tenho dito que esse é também o papel de um deputado: ser um ‘despachante de luxo’ das cidades, para ajudá-las abrindo portas em Brasília. Abrimos várias frentes de demandas de Campos nos ministérios, e mais essas duas agora. A receptividade foi muito boa. Acredito que vamos solucionar os dois pedidos em breve”, disse Clarissa.
Em relação à tecnologia 5G, Clarissa lembrou ainda que Campos tem 12 instituições de ensino superior e ostenta a maior produção agropecuária do estado. Sobre as antenas do Gesac, a parlamentar frisou os impactos no desenvolvimento da agricultura, pecuária e pesca. O argumento foi referendados pelo secretário municipal de Agricultura, Almy Junior:
“A tecnologia é fundamental para a capacitação de pessoas e manuseio adequado de equipamentos; também nos processos de adubação, na colheita. Enfim, é uma condição básica para que a gente desenvolva uma agricultura no nível que o mundo pede”, concluiu Almy, após saber do resultado da audiência em Brasília.