25/11/2021 às 18h20min - Atualizada em 26/11/2021 às 00h00min

Não crie dívidas na Black Friday! Francesco Pellegatta dá dicas de como controlar a mente e não cair em falsas promoções

Fazer uma lista de prioridades e estar atento à sua realidade financeira é fundamental para não cair em ciladas, segundo o profissional

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Em vários países, o mês de novembro é aguardado por muitos consumidores pela possibilidade de fazer compras com descontos expressivos. A Black Friday, originária nos Estados Unidos, ganhou popularidade no Brasil e agora faz parte da organização financeira de muitos lares brasileiros. E diante de tantas ofertas, é comum se perguntar como controlar o lado consumista e não acumular dívidas com as compras.

Francesco Pellegatta, um dos profissionais mais renomados em Programação Neurolinguística (PNL) e técnicas de estudo comportamental dos últimos anos, afirma que é possível aproveitar o movimento de promoções de forma saudável para a vida financeira. No entanto, é preciso ter cautela para não cair nas falsas promoções.

“Além do marketing das empresas, existe o marketing financeiro que criou esse mecanismo de ilusão de riqueza chamado parcelamento. Então, as pessoas gastam mais do que podem e esquecem que, assim, se tornam pessoas sempre em mais dificuldade financeira. É necessário parar e pensar antes de comprar. A primeira pergunta deveria ser: ‘esse produto ou serviço é realmente indispensável?’. E a segunda pergunta seria: ‘eu tenho condições para comprar?’”.

Para o italiano, formado em psicologia na Anthem University, a compulsão por compras se tornou uma realidade na sociedade moderna. Por isso, identificar o problema é fundamental para escapar de ciladas.

“Infelizmente as compras estão sendo sempre mais irracionais. Por exemplo, é só olhar quantas pessoas gastam uma fortuna para ter uma determinada marca de telefone e, por outro lado, não possuem ainda nem uma casa própria. Os valores da nossa sociedade estão bem invertidos. As pessoas esquecem o que é realmente importante e as necessidades primárias viram secundárias, e vice-versa”.

 

Compulsão por compras?

Francesco Pellegatta explica que a compulsão por compras tem um nome técnico. A oniomania pode chegar ao nível patológico e, em casos extremos, necessitar de intervenção médica.

“Vamos esclarecer: se você compra uma coisa de vez em quando para te satisfazer, está tudo bem. Mas se você compra muitas coisas inúteis e se gasta mais do que tem, podemos falar de oniomania. Existem terapias psicológicas tradicionais e recursos psicoterapêuticos para tratar a patologia. Existem também técnicas integrativas, como a Programação Neurolinguística e a Hipnoterapia, que proporcionam resultados mais rápidos nas mudanças de hábitos”.

De acordo com o profissional, esse desejo de comprar pode aparecer para suprir algum sentimento ou insatisfação. Assim, essas pessoas tendem a viver em um círculo vicioso de compras, bem-estar, culpa e frustração.

“Infelizmente, em situações intensas, as pessoas podem viver endividadas e sem um controle financeiro adequado. Isso pode levar a consequências terríveis e estragos importantes. Para entender um pouco mais sobre a oniomania, podemos comparar essa patologia à dependência química. As duas situações são bem parecidas, tanto que nos casos mais extremos é muito importante a intervenção de um médico psiquiatra para ajustar os fatores biológicos”.

Confira outras dicas de Francesco Pellegatta para aproveitar a Black Friday:

Lista de prioridades

“Um dos passos mais importantes para mudar esse comportamento indesejado é conseguir fazer compras conscientes. Ajuda muito listar o que realmente é necessário. Lembrando sempre de fazer a pergunta: ‘o produto e/ou o serviço é indispensável ou é uma questão hedonista?’. Se a busca do prazer supremo for a resposta, precisamos reavaliar essa lista de prioridades”.

Adequação com a realidade

“É muito importante também avaliar as compras com as nossas finanças atuais. Evitem fazer o erro de introduzir na avaliação financeira o dinheiro que ainda não entrou na conta. O clássico ‘esse contrato está praticamente fechado’ pode ser um desastre financeiro”.

Ajuda profissional em casos extremos

“Precisamos observar em quais áreas da nossa vida não somos felizes. Tentar cobrir os ‘buracos emocionais’ através de bens materiais não é saudável. A busca pela felicidade deve ser mais interior, é um caminho sem fim de autodescoberta e autopercepção”.

“O tratamento psiquiátrico e psicológico são essenciais nos casos mais severos. E, na minha opinião, ainda assim é muito importante um percurso de autoconhecimento para prevenir que a situação piore até virar patologia. É preciso redescobrir as relações humanas, assim como é importante diálogo e inteligência emocional”.

Cuidado com as ciladas

“É uma decisão nossa aceitar o marketing ou não. É indispensável fazer uma correlação entre querer e poder. Se neste momento específico a pessoa não tiver condição econômica para fazer um determinado gasto, o certo seria não comprar”.

“Vamos lembrar que as marcas não são um instrumento de inclusão social. A marca que usamos não podem ser o resumo de quem somos. O ser humano é um ser complexo. Invista em você, invista no seu futuro. Assim você poderá ter todo o retorno emocional e financeiro para ser realizado e poder comprar o que você quiser”.


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