Em uma cerimônia que contou com a presença do prefeito Wladimir Garotinho e diversas autoridades, o Hemocentro Regional de Campos, anexo ao Hospital Ferreira Machado, deu início nesta segunda-feira (18) à abertura oficial de mais um importante serviço prestado ao público: o cadastramento de doadores de medula óssea. Com isso, Campos se torna o terceiro município do estado do Rio e o primeiro do interior a ser polo para cadastro de doadores de medula.
O prefeito Wladimir Garotinho ressaltou a importância do novo serviço que ajudará a salvar vidas de muitas pessoas que aguardam na fila de espera para transplante de medula. A campista Priscila Pixoline, por exemplo, foi diagnosticada com Leucemia Linfoide Aguda (LLA) em março de 2019, fez sessões de quimioterapia e conseguiu ser transplantada em novembro daquele mesmo ano, graças a um doador de Londrina, no Paraná. Agora ela comemora o serviço, que será feito pelo Hemocentro Regional de Campos. “Há na cidade pessoas que precisam de transplante de medula. Quem sabe elas não encontram aqui um doador compatível?”, diz o prefeito.
O presidente da Fundação Municipal de Saúde Aldesir Barreto, destacou a importância da implantação do banco e do Hemocentro. “O polo de medula é um avanço no município, com relevância na saúde. E vai garantir a possibilidade de salvar vidas”, destacou Barreto, que clamou a população também para doação de sangue. “Todos precisamos ter consciência e fazer a doação de sangue. O Hemocentro necessita que a população faça a doação de qualquer tipo de sangue”, finalizou.
A diretora técnica do Hemocentro, Sandra Chalhub, lembra da luta que teve no início em 2019, que redundou numa campanha que aconteceu no CIEP da Lapa e conseguiu cadastrar 3.750 doadores de medula. Após a campanha começaram as conversações entre o Hemocentro Regional de Campos e o Ministério da Saúde, HemoRio e Laboratório de Histocompatibilidade da UERJ, que incluíram Campos como polo de cadastro para doação de medula.
Além de um ato de solidariedade, a doação de medula óssea pode ajudar pacientes que têm o transplante como única chance de cura. O transplante de medula óssea é um tratamento indicado para pacientes com doenças de sangue, como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemia, substituindo as células doentes de medula óssea por células saudáveis.
“A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por tutano. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue, por isso, a medula óssea é considerada a fábrica do sangue. As células sadias da medula óssea podem ser obtidas de um doador ou do sangue de cordão umbilical”, explica o Instituto Nacional do Câncer.
Para se tornar um doador de medula óssea, o candidato (a) deverá ter entre 18 e 35 anos e estar dentro das condições para doar sangue. Após a doação, uma amostra do sangue será coletada para a realização do exame de histocompatibilidade (HLA) e inclusão no cadastro do Registro Nacional de Doadores de Medula (Redome).
PRESENÇAS – Estiveram presentes ao evento os vereadores Maycon Cruz, Dandinho, Álvaro Oliveira, Leon Gomes, Pastor Marcus Elias, o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Adelsir Barreto Soares, o superintendente do Hospital Ferreira Machado, Arthur Borges, o diretor do HFM, Gilberto Nunes, e o secretário de Governo, Juninho Virgílio.