23/03/2019 às 11h49min - Atualizada em 23/03/2019 às 11h49min

Temer fica em silêncio durante depoimento na Superintendência da PF no Rio; Moreira nega propina

O ex-presidente passou a noite em uma sala no local. Moreira Franco e João Batista Lima Filho também foram levados para serem ouvidos no local.

A defesa do ex-presidente Michel Temer avisou aos procuradores que ficaria em silêncio durante depoimento nesta sexta-feira (22) na Superintendência da Polícia Federal no Centro do Rio. Ele nem chegou a ficar diante dos procuradores do MPF. Já o ex-ministro da Casa Civil, Moreira Franco, foi ouvido e negou o pagamento de propinas.

Após passarem a noite na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, o ex-ministro e ex-governador do Rio Wellington Moreira Franco e João Batista Lima Filho, conhecido como coronel Lima, foram levados, na manhã desta sexta-feira (22), para prestar depoimento também na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro. O ex-presidente Michel Temer passou a noite em uma sala na própria superintendência.

Segundo a procurada Fabiana Schneider, Moreira Franco foi o único a prestar esclarecimento. Negou o pedido e pagamento de propina e disse que temer disse que Lima cuidava da Argeplan, empresa que, segundo os procuradores, participou do Consórcio da AF Consult Ltda, vencedor da licitação para a obra da Usina Nuclear de Angra 3, apenas para repassar valores a Michel Temer.

Lima e Temer não prestaram esclarecimentos. Lima e Moreira Franco deixaram a Superintendência durante a tarde chegaram à Unidade Prisional Especial da PM, em Niterói, por volta das 16h.

Visita de Marun

Por volta das 11h20, o ex-ministro Carlos Marun chegou à sede da PF para tentar fazer uma visita a Temer. “Neste momento, o que dizem procuradores e juízes não me interessa. Quero saber o que eles provam. Em momento algum, eles conseguem provar alguma coisa que justifique uma prisão preventiva”, disse ele.

“Então, nós temos a mais absoluta convicção de que, em brevíssimo tempo, esse incrível erro do judiciário será revisto, e o presidente voltará à liberdade.” Marun afirmou que, por ser advogado, tem prerrogativa para visitar o ex-presidente. porém o mesmo, não é o advogado constituído do caso.


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