20/09/2021 às 12h34min - Atualizada em 20/09/2021 às 12h34min

Enfrentamento correto da Covid mantém Campos em fase amarela

Em edição suplementar o Diário Oficial do Município irá apresentar novo decreto com flexibilizações de pequeno porte aos protocolos já estabelecidos

Jornal Aurora - Redação
Ascom
Divulgação
O Gabinete de Crise e Combate à Covid-19 se reuniu nesta segunda-feira (20), quando foram apresentados dados que apontaram para estabilidade, com viés de queda do número de casos, óbitos e internações em leitos clínicos e hospitalares, que balizaram a decisão de manter Campos na fase amarela, mas reforçando o respeito às medidas de prevenção e aos protocolos do “Regras da Vida”. Em edição suplementar o Diário Oficial do Município irá apresentar novo decreto com flexibilizações de pequeno porte aos protocolos já estabelecidos.

A reunião do Gabinete foi transmitida de forma online e contou com a participação do Secretário de Saúde, Paulo Hirano, o Subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção de Saúde, Charbel Kury, o Subchefe do Gabinete do Vice-Prefeito, Sérgio Cunha, e Procurador Leonam Rodrigues.

O Secretário de Saúde Paulo Hirano, declarou: “A eficácia das ações desenvolvidas pela Vigilância, através da técnica das equipes envolvidas, que permitiram ter o cenário favorável que Campos tem tido. No último Gabinete ficamos preocupados com possibilidade de aumento com a nova variante Delta, que poderia colapsar o nosso sistema e isso não ocorreu, graças às medidas, ao avanço da vacinação, das medidas adotadas, da conscientização da população. A Saúde de Campos tem antecipado sempre as medidas em relação ao cenário nacional, estando sempre na frente, como a vacinação dos mais jovens, a terceira dose para idosos”, disse Paulo Hirano, que defendeu que a população precisa estar atenta à necessidade permanente de vacinação, de cuidados com medidas de proteção, como distanciamento interpessoal, uso de máscara e higienização.

O Subsecretário Charbel destacou que a ideia do Gabinete, criado pelo prefeito Wladimir Garotinho em primeiro de janeiro, foi trabalhar com duas estratégias, a de mitigação e de controle. “Mitigação seria a atuação sobre os casos graves, com uso de máscaras, distanciamento seguro, redução da transmissão da doença, e o controle, que seria a redução de todo número de casos”, assinalou o epidemiologista. “O vírus tem quatro características que o tornam mais letal: o fato de ser transmitido por pessoas assintomáticas; a capacidade de furar as barreiras sanitárias; a capacidade ser altamente mutante; e a capacidade de furar barreiras imunológicas, por exemplo, de lutar contra a eficiência de tratamentos e de vacinas”. 

O trabalho de vacinação em massa, de testagem e de proteção foi eficaz, levando a Campos em fase amarela, com toda região na mesma fase, e apenas o Noroeste em laranja, segundo mapa divulgado pelo Estado hoje. “Já atingimos mais de 95% da população adulta vacinada com 1ª dose, e 55% da população com segunda dose, contamos uma estratégia de vigilâncias como a genômica, com medidas de proteção inovadoras, com os decretos exigindo comprovantes de vacinação”, aponta Charbel sobre o conjunto de medidas adotado pelo município que asseguram os resultados favoráveis.

O epidemiologista Charbel relacionou as projeções do algorítmo de previsão atraso, que calcula a taxa de contaminação, por meio de análises de modelos matemáticos. “Esse algorítmo não tem errado: disse que fevereiro seria tranquilo, que em março enfrentaríamos uma crise, e que na Delta poderíamos chegar a 1,2 na taxa de transmissão, com subida expressiva no número de casos e internações, mas sem chegar a 100% de ocupação”, reforçou Charbel.

Charbel apresentou dados epidemiológicos que expressaram a queda de óbitos na faixa de 50 e 60 anos, mas alta para 70 anos, que indicam o acerto do Ministério da Saúde em determinar a 3ª dose de reforço para esta faixa etária. Os dados sinalizam que há poucas pessoas sendo internadas abaixo de 20 anos, mas que a necessidade de vacinação se dá em função de ser uma faixa com 80 mil pessoas, “um bolsão de suscetíveis, que serão assintomáticos” e que podem infectar idosos, por exemplo, com mais de 70 anos. “Não temos ainda uma quantidade grande de pessoas com 2ª dose e, portanto, se eu amplio a vacinação da primeira dose, eu crio um círculo de proteção”, disse reportando-se à estratégia de controle da doença.

Charbel diz que as conclusões do monitoramento do vírus apontam para padrão de queda, com elevação de casos entre 20 e 40 anos, maior incidência em pessoas vacinadas apenas com 1ª dose, chegada da variante Delta, e a necessidade de 3ª dose e de medidas como testagem em massa – protocolo de Campos que foi copiado pelo Ministério da Saúde. Serão abertos novos polos de testagem na UBS Jamil Abu e na UBS Santa Rosa

Os próximos passos, anunciou Charbel, serão: a aceleração da vacinação e da aplicação da 2ª dose, segundo a disponibilidade dos imunizantes enviados pelo Estado, testagem e atendimento descentralizado, vigilância genômica de variantes, repescagem em UPH à noite por agendamento on-line, manutenção das aulas com protocolos de biossegurança, e início da 3ª dose esta semana para até 95 anos.


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