30/08/2021 às 15h15min - Atualizada em 30/08/2021 às 15h15min

Medidas de combate à Covid mantém Campos em Fase Amarela

Sociedade civil, vereadores, MP, técnicos da administração pública e outros, abordou temas como aceleração da vacinação para 1ª e 2ª doses, e início do planejamento para a dose de reforço

Jornal Aurora - Redação
Ascom
Divulgação
O Gabinete de Crise e Combate à Covid-19 se reuniu nesta segunda-feira (30), quando apresentou dados que sinalizam o acerto das medidas sanitárias e restritivas, que colocaram em platô números de casos, óbitos e internações, o que manteve Campos na Fase Amarela. No encontro, com representantes da sociedade civil, vereadores, Ministério Público, técnicos da administração pública e outros, abordou-se temas como a aceleração da vacinação para primeira e segunda doses, e o início do planejamento para a dose de reforço, em cronograma que será definido segundo a oferta de vacinas.  

O secretário de Saúde, Paulo Hirano, iniciou o encontro lembrando da perda do promotor Marcelo Lessa, um dos representantes do Ministério Público no Gabinete de Crise e Combate, falando de seu empenho na defesa dos interesses coletivos da sociedade. Em seguida, passou a palavra ao Subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção de Saúde, Charbel Kury, para apresentação de dados técnicos referentes às últimas três semanas de monitoramento da Covid-19.

O epidemiologista enfatizou que o Gabinete, em sua 19ª reunião, foi estabelecido pelo prefeito Wladimir Garotinho em 1º de janeiro com a finalidade de estabelecer estratégias de mitigação, para reduzir internações e óbitos, e de controle, para conter a cadeia de transmissão. “Iniciamos antes de termos acesso às vacinas e, para fazer a mitigação, era preciso adotar alternativas como a redução do fluxo de pessoas para conter a transmissão”, pontuou Charbel.

Ele lembrou que Campos teve três ondas: a primeira em janeiro, de menor porte. A segunda mais forte, com filas de espera, aumentos de casos de morte, em março, abril e maio, quando foi um caos no Brasil todo, sem remédios, sem leitos, com fila de espera, com variantes gama e alfa.

“A estratégia de restrições, diminuição de encontros sociais, Campos chegou em 13 de maio à Fase Amarela, enquanto a região se mantinha em Vermelha, segundo parâmetros do Estado. Em agosto saímos da Amarelo e fomos para a Laranja, com platô de subida lenta, o que mostrou que era possível pensar que uma nova variante estava chegando entre nós”, destacou Charbel, citando que a ocupação do total de leitos de UTI é de 66,2%.

Esse recorte de estabilidade foi confirmado pelo monitoramento do Estado, concluído no domingo, mostrando Campos na Fase Amarela. Isso se deve, explica Charbel, a ações da prefeitura de Campos, como a vacinação em massa, em que a cidade apresenta desempenho superior ao do Estado e do país, antecipando faixas etárias, e a reabertura de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que foram fechadas na administração anterior. “A melhora rápida se deve a acertos de Campos, como a aceleração da vacinação, à vigilância genômica, a decretos mais restritivos, como a exigência da cobrança de cartão de vacinação por ambientes emissores de aerossóis, como bares, restaurantes e academias”, assinala Charbel.

Entretanto, reproduzindo em Campos o registrado no Brasil, há aumento de óbitos nas faixas de 70 e 80 anos ou mais, o que está relacionado ao tempo de aplicação das duas doses, com queda progressiva de proteção e ampliação de casos de doenças. Por isso, aponta o secretário de Saúde, Paulo Hirano, Campos está se preparando para planejar a aplicação da terceira dose para idosos, principalmente acima de 80 anos:

“Campos tem se destacado por suas ações, sempre tomando medidas necessárias a cada momento detectado pela vigilância. Estamos nos destacando em relação ao Brasil e ao Estado do Rio, com 90% da população adulta vacinada com 1ª dose e 45% com a segunda dose. Estamos nos preparando para a terceira dose para idosos, principalmente os que já ultrapassaram a marca dos seis meses da primeira dose, e que se tornam mais suscetíveis à variante Delta. A cepa circulante, a Delta, tem seis vezes mais capacidade de transmissão do que a original, por isso é preciso manter o uso de máscaras e o distanciamento”, acrescentou.

No encontro do Gabinete de Crise e Combate, foram destacados os próximos passos: aceleração na vacinação até 12 anos e aceleração da aplicação da segunda dose, testagem e atendimento descentralizado, vigilância de variantes pela UFRJ, repescagem por UPH à noite por agendamento on-line, manutenção de aulas com protocolos sanitários, com comissão pró-saúde e polo de testagem da Educação.





 


 

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