O diretor do Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), Luiz José de Souza, um novo alerta sobre a necessidade de mudança de comportamento por parte da população campista para reduzir os índices de chikungunya no município.
Segundo ele, é preciso ter cuidado redobrado com a doença, que é bem mais difícil de combater do que a dengue. Até o final da última semana, o CRDI havia confirmado este ano 1933 casos do chikungunya, 32 de dengue e nenhum de zika.
“O vírus da chikungunya fica muito mais tempo no organismo, permanecendo por muitos meses ou até mais de um ano, mesmo com a pessoa já medicada e tendo a doença controlada. Então, se o mosquito Aedes aegypti pica essa pessoa, pode transmitir o vírus a outras. Por isso é tão comum encontrar, em uma só rua, moradores de diversas famílias com a doença”, explicou Luiz José.
O diretor do CRDI chamou a atenção para os cuidados que todos devem ter para evitar a proliferação do mosquito. “Vamos evitar água acumulada nas calhas e também dentro das casas, nos quintais. E ter cuidado também com o descarte adequado do lixo e dos entulhos. O verão passou, mas continuamos com calor, chuva e umidade. As pessoas precisam ter mais cuidado”, alertou.
Diante dos números preocupantes, com quase 2 mil casos da doença confirmados somente neste ano, ele destacou a necessidade de ações frequentes. "Recebemos até mesmo doentes de municípios vizinhos, pois Campos tem melhores condições de diagnóstico”, destacou.