19/02/2020 às 14h44min - Atualizada em 19/02/2020 às 14h44min
Pedido de impeachment de Witzel está nas mãos da mesa diretora da Alerj
O regimento da Casa não dá um prazo à mesa diretora para decidir o que fazer.
O Globo
Gabriel de Paiva Um pedido de impeachment contra o governador Wilson Witzel foi protocolado por deputados do PSL, aliados de Bolsonaro, na terça-feira (18), e está nas mãos da mesa diretora da Alerj, conforme antecipou a coluna de Berenice Seara. O requerimento, no entanto, não tem data para ser levado à frente — ou encaminhado a uma gaveta na Assembleia Legislativa do Rio. O regimento da Casa não dá um prazo à mesa diretora para decidir o que fazer.
Sete deputados do PSL — o líder, Doutor Serginho, junto com Alana Passos, Anderson Moraes, Coronel Salema, Filippe Poubel, Márcio Gualberto e Renato Zaca — deram entrada no documento, acusando o chefe do Palácio Guanabara de crime de responsabilidade no caso das suspeitas de arapongagem. No início do mês, o caso ganhou ênfase quando André Ceciliano (PT), presidente da Casa, perguntou a Witzel se o governo tem espionado parlamentares. A suspeita por partes dos deputados deu-se em cima do secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, homem forte de Witzel.
Eles citam como primeira testemunha do caso o presidente Jair Bolsonaro, inimigo jurado de Witzel. O último pedido de impeachment apresentado à Assembleia foi do então governador Luiz Fernando Pezão. A mesa diretora aprovou o documento e a comissão foi formada — longo antes de o mandato terminar.
Procurado, o governo do estado respondeu em nota que o pedido de impeachment trata-se de uma manobra política "baseada em boatos infundados e que não condizem com os fatos". Leia na íntegra:
"O pedido de impeachment apresentado na Assembleia Legislativa é tão somente uma manobra política, baseada em boatos infundados e que não condizem com os fatos;
O ato dos sete deputados estaduais de oposição é pura irresponsabilidade política, num momento em que o Estado do Rio de Janeiro e o País precisam de diálogo democrático, sobriedade e da união entre os poderes para seguir avançando na redução da criminalidade e nos projetos de segurança pública, saúde, emprego e educação".