17/02/2020 às 15h58min - Atualizada em 17/02/2020 às 15h58min

Famílias pedem o retorno do serviço home care em Campos

Familiares informaram que a empresa Edcare está há oito meses sem receber o repasse por parte da Prefeitura de Campos.

Redação
Divulgação
O caos na saúde pública de Campos dos Goytacazes não tem previsão de melhora. Há sete dias, cerca de 80 famílias de pacientes que precisam do serviço home care estão enfrentando dificuldades, isso porque a empresa responsável pelo atendimento - EdCare Serviços Hospitalares LTDA - interrompeu os serviços devido a falta de repasse por parte da Prefeitura.

Um grupo da familiares realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (17), em frente ao Fórum Maria Tereza Gusmão, no Centro da cidade. Eles entraram com um pedido judicial para o retorno do atedimento.  Com cartazes e gritos de ordem, os manifestantes pedem que o atendimento seja normalizado o quanto antes.

Segundo manifestantes, a prefeitura está há oito meses sem repassar o pagamento para a empresa responsável pelo serviço. Além de, o contrato com a Edcare ter vencido e a prefeitura não ter renovado com nenhuma outra empresa de home care. 

"Estamos sem home care nenhum, sem contrato com ninguém. Insumo não tem, nem médico, não tem visita e agora os técnicos de enfermagem estão ameaçando parar. A prefeitura se posiciona mandando internar os pacientes graves. Não vai acontecer isso. Meu filho não sai de casa, é um direito dele ter o home care. E nos queremos que o Juiz avalie o pedido de bloqueio o quanto antes e dê para a gente o home care de volta.", desabafou a mãe de um dos assistidos

A filha de um senhor de 73 anos - que também era assistindo pela Edcare - relatou que agora o pai está sendo assistido pelo Programa de Asistência Domiciliar (PAD) da Prefeitura, mas que não há medicamentos, fraldas e produtos para o tratamento. Ela informou que os pacientes que eram atendidos pela Edcare passaram a ser assistidos, automaticamente, pelo PAD. 

"O PAD não tem nada para oferecer, não tem medicamento, não tem enfermeiro que possa ir à casa fazer uma avaliação de escara - ferida- , para a família fazer o próprio procedimento.", declarou outra manifestante.

Durante o ato público, uma senhora informou que o filho está internado vai fazer dois meses e está de alta, mas não consegue ir embora devido a suspensão do atendimento.

Através de nota, a Prefeitura informou:

"A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que o contrato da empresa de home care ainda está vigente, que já levantou as necessidades de cada paciente e que vem prestando assistência aos familiares com suplementos das demandas ligadas aos pacientes. Conforme acordo realizado no Ministério Público, todos os pacientes serão assistidos pela empresa até o final de março. A SMS ressalta ainda que ninguém ficará desassistido. Os familiares que quiserem esclarecer dúvidas ou devem procurar a ouvidoria da SMS ou o Serviço de Atenção ao Paciente Domiciliar (SAD)."



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