Há pouco mais de um mês dos desfiles das escolas de samba, o Sambódromo ainda passa por intervenções. São obras de recuperação estrutural e de melhoria da iluminação. Segundo a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) os trabalhos seguem o cronograma previsto. A estatal vinculada ao município assegura que as obras serão concluídas a tempo. A expectativa é que a reforma seja entregue na primeira semana de fevereiro. Os desfiles começam no dia 21 de fevereiro.
"Cronograma está seguindo rigorosamente os prazos. Estamos adiantados em alguns pontos. E muito animado porque o sambódromo está tendo intervenções que nunca teve", diz o presidente Riotur, Marcelo Alves, durante a abertura oficial do carnaval do Rio de Janeiro. O evento, que está sendo realizado na praia da Copacabana, tem o Bloco da Favorita como atração principal. Na ocasião, também foi realizada a final do concurso da Corte Real da Folia.
Embora seja propriedade do estado, o Sambódromo está cedido para o município. No ano passado, às vésperas da folia, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou ação civil pública na Justiça solicitando a interdição do Sambódromo por falta de um laudo do Corpo de Bombeiros. O documento foi emitido após vistoria realizada no dia dos dos desfiles do Grupo A e a Justiça acabou liberando o espaço horas antes da apresentação das primeiras escolas.
Para este ano, intervenções foram demandadas pelo MPRJ e pelo Corpo de Bombeiros. Operários trabalham nas obras desde novembro. A reforma, no valor de R$ 8,1 milhões, está sendo custeada pelo Ministério do Turismo. As saídas estão ganhando novas escadas, as arquibancadas estão recebendo reforço no concreto e está sendo realizada pintura em 36 mil metros quadrados. As intervenções também envolvem instalação de alertas de incêndio e pânico, além de 500 novos painéis de iluminação.
Segundo fase de obras
Marcelo Alves afirma que, após o carnaval, haverá uma segunda fase das obras, com intervenções mais complexas. Ele estima investimentos entre R$20 e R$30 milhões e diz que a Riotur está buscando parcerias públicas e privadas. "O que nós fizemos agora foi atender exigências do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público. Mas queremos o Sambódromo não apenas no carnaval. Queremos atividades no ano inteiro. Para isso, é preciso modernizar a estrutura. É assim que funciona. O Maracanã, por exemplo, passou por uma reforma de muita complexidade. O Sambódromo também precisa de ajustes para receber grandes eventos".