13/01/2020 às 09h18min - Atualizada em 13/01/2020 às 09h18min

Colômbia diz que que impediu atentado contra antigo líder das Farc

Atentado seria feito por rebeldes que não reconheceram acordo de paz

Agência Brasil
Reprodução

As autoridades colombianas anunciaram ter frustrado um atentado contra o antigo líder das Farc, Rodrigo Londono, promovido por rebeldes que não reconhecem o acordo de paz (2016) para terminar com meio século de conflito armado.

Nesse domingo (12), o presidente Ivan Duque divulgou mensagem noTwitter, elogiando uma "ação conjunta" da polícia e da procuradoria realizada em Alcala, no Departamento de Valle del Cauca, graças à qual foi possível impedir um ataque contra Rodrigo Londono, presidente do partido Farc (Força Alternativa Revolucionária Comum), que substituiu as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Um informante alertou as autoridades sobre um "ataque iminente" a Londono, de 60 anos, também conhecido pelo nome de guerra de Tymoshenko, no Departamento de Quindio (centro), disse aos jornalistas o diretor da polícia, Oscar Atehortua.

A polícia reforçou imediatamente a segurança de Rodrigo Londono e, no sábado (11), durante operação numa região vizinha, localizou dois motociclistas cuja fisionomia correspondia à descrição fornecida pelo informante.

Os suspeitos armados com pistolas abriram fogo e foram mortos numa troca de tiros com a polícia.

Os suspeitos "estavam a pouco mais de 1 quilômetro da propriedade" de Rodrigo Londono, disse o diretor da polícia. Um dos dois suspeitos foi identificado como um guerrilheiro que lutou durante 17 anos nas Farc.

Segundo o chefe da polícia, os agressores eram membros de um grupo dissidente das Farc, liderado por Hernan Dario Saldarriaga, apelidado de El Paisa, que durante anos liderou o comando de elite dos ex-guerrilheiros.

Saldarriaga é um dos três líderes de um grupo rebelde comunista que anunciou nova rebelião armada na Colômbia em agosto de 2019, liderada pelo ex-número 2 e antigo mediador durante as negociações de paz, Ivan Marquez.

Os ex-rebeldes que assinaram o acordo de paz pediram repetidamente garantias de segurança após a morte de dezenas de ex-combatentes desde 2016.

Segundo as autoridades, eles foram executadas por grupos de traficantes de drogas e até por grupos dissidentes das Farc ou membros do Exército de Libertação Nacional (ELN).

Em 2019, 77 ex-combatentes foram mortos, o número mais alto desde a assinatura do acordo de paz, segundo a Organização das Nações Unidas.


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