10/11/2019 às 12h03min - Atualizada em 11/11/2019 às 08h00min

Pacientes relatam dificuldade no tratamento contra o câncer em Campos

O importante tema foi debatido no programa 'Colocando o Dedo na Ferida' no sábado (28)

Redação
Reprodução
Não é de hoje que o caos na saúde pública em Campos vem sendo retratado por diversos meios de comunicação. São salários atrasados, falta de repasse a hospitais filantrópicos por parte de prefeitura e falta de estrutura nas unidades de saúde. Mas, o programa 'Colocando o Dedo na Ferida' deste sábado (09), trouxe para debate o tema "Os pacientes com câncer estão sendo assistidos pelo poder público?"

Sob comando do Dr. Walmir de Lima, com participação de Anderson Gomes e com as convidadas Fabricia Barreto e Helena Campista, o programa permitiu que fossem expostas as dificuldades de pacientes que enfrentam essa enfermidade.

A Fabricia descobriu aos 38 anos que tinha câncer na mama, e contou que precisou utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS):

"E aí vem a relidade: Sem dinheiro você não consegue atendimento adequado, e aquilo que deveria ser de fato oferecido a população pelo SUS, é totalmente precário. Aqui na nossa região, no município de Campos, deveríamos estar em um patamar bem maior, e estamos a quem", declarou.

"Quando você tem que resolver fazer exames pelo Sistema Único de Saúde, você encontra inúmeras dificuldades. Em um caso crônico, onde você é encaminhado e lá vai teu nome. Engaveta-se o protocolo do paciente", afirmou Fabricia.

Durante a programação, foram citados vários problemas recorrentes na saúde de Campos quanto ao início do tratamento, dificuldades, diagnóstico, exames, entre outros.

A Helena Campista, que descobriu o câncer de mama em 2017, contou as dificuldades que vem enfrentou tanto pelo Sistema Único de Saúde quanto pelo privado.  

"No início da minha caminhada, eu procurei o SUS, procurei vários hospitais, e não consegui marcar nenhum dos meus dois exames. Estive em alguns lugares e falaram que já tinha passado o Outubro Rosa.", disse. "Chegou uma hora que eu não consegui fazer nada pelo SUS."

Segundo Helena, a primeira consulta dela foi particular e só pode ser possível por causa da ajuda de família e amigos que se uniram. " Eu consegui fazer a biópsia e todos os meus exames com ajuda de amigos e família, e pago". 

De acordo com Fabricia, no bairro dela, não há nada que possa acolher pacientes oncológios. "Hoje o que eu vejo é a falta de interesse. Porque você encontra pessoas desacreditadas da política, que até querem abraçar a causa, mas procuram neutralizar", afirmou. "A gente não está vendo dentro da política, do que é lei as coisas funcionarem". 

Através de nota, a Prefeitura informou:

"A Secretaria Municipal de Saúde desconhece o fato e ressalta que, os pacientes oncológicos do município são tratados nas Unacom e que estas são responsáveis pelas marcações das consultas e exames. A SMS tem ainda, um Departamento de Oncologia, que funciona no Núcleo de Controle e Avaliação, onde os pacientes devem se dirigir para obter informações, levar sugestões e possíveis reclamações."

O programa pode ser conferido na íntegra através do Link: Clique Aqui.

 
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