09/10/2019 às 16h37min - Atualizada em 10/10/2019 às 11h09min

Varizes e Vasinhos: tratamento com espuma, rápido e eficiente

Os vasinhos são capilares, geralmente agrupados, presentes na superfície da pele

DINO
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A doença venosa atinge, aproximadamente, 35% da população brasileira, sendo mais comum em mulheres e idosos.

Atualmente, existem procedimentos para tratar esta doença vascular, que podem ser feitos de diversas formas.
Há métodos mais ou menos invasivos, específicos para um determinado tipo de varizes ou vasinhos, e com níveis variados de complexidade.

Qual a diferença entre varizes e vasinhos

Varizes e vasinhos, mesmo que costumem ser confundidos, apresentam distinções quanto à aparência, causas e consequências.
Uma das principais diferenças entre esses dois problemas vasculares está na espessura da veia/capilar saliente. Os vasinhos costumam ter, aproximadamente, 1mm de diâmetro. Já as varizes, são maiores, podendo chegar a 30mm. Em geral, têm entre 7 e 8mm.

A coloração também apresenta diferenças: enquanto os vasinhos são avermelhados ou arroxeados, as varizes são azuladas ou esverdeadas.

Os vasinhos são capilares, geralmente agrupados, presentes na superfície da pele. Eles podem sofrer dilatação e ficarem visíveis, mas dificilmente, causam dores ou consequências mais graves à saúde. São chamados de telangiectasias e manifestam-se, mais frequentemente, nas pernas e rosto.

As telangiectasias podem ser causadas pela gravidez e obesidade. Ainda, pessoas que ficam muito tempo em pé também estão sujeitas a essa condição. Por fim, em casos mais graves, a causa dos vasinhos pode ser a insuficiência venosa crônica.
Quando a causa dos vasinhos é a insuficiência venosa eles se agrupam na região do tornozelo e pés.

Varizes são dilatações e tortuosidades das veias localizadas mais frequentemente nas pernas.

As veias são responsáveis por levar de volta o sangue das pernas ao coração! Dentro das nossas veias há válvulas que abrem para deixar o sangue passar no sentido do coração e fecham para que o sangue não caia para os pés.

As pessoas têm varizes quando há dificuldade de retorno do sangue das pernas ao coração! Mas por que isso acontece? Porque estas válvulas falham na sua função, permitindo o retorno de parte do sangue. O que deveria ir para o coração, permanece nas pernas. Dessa forma, essas veias sofrem dilatação, o que pode deixar a área onde elas se encontram dolorida e inchada.

As veias dilatadas têm chances de causar graves problemas, incluindo trombose. Feridas nas pernas também podem ser provocadas por varizes. Até a embolia pulmonar pode ter relação com varizes.

Exatamente por isso, essa condição vascular necessita ser tratada o quanto antes, evitando consequências mais graves no futuro.
As varizes também podem ser decorrência de gravidez ou por permanecer em pé ou parado por muito tempo durante a rotina de trabalho. Outros fatores de risco são sedentarismo, obesidade e hereditariedade. As partes do corpo onde as varizes mais se manifestam são pés e pernas.

Quais os tratamentos disponíveis para varizes e vasinhos

Os procedimentos usados para tratar pacientes com varizes ou vasinhos são divididos em dois tipos: conservadores e curativos.
Os tratamentos conservadores têm o objetivo de diminuir e controlar os sintomas. Estão nessa categoria a compressão, que pode ser elástica ou inelástica, e as drogas venoativas.

A compressão elástica pode ser feita com meias ou faixas distensíveis. Já o método inelástico, é realizado por meio de bandagens, Bota de Una, polaina de Lucas e outros dispositivos não distensíveis.

As drogas venoativas, por sua vez, são usadas em conjunto com outros procedimentos, pois não acabam com varizes ou vasinhos. A principal função do tratamento medicamentoso é a diminuição de dores e outros desconfortos.
Os tratamentos curativos é que possuem eficácia para acabar com as varizes por completo. Cirurgias, ablação térmica e ablação não-térmica (escleroterapia) fazem parte dessa categoria.

As varizes são uma doença recorrente. Independentemente do método utilizado para o tratamento, novas veias doentes podem se formar e voltar a ter varizes.

A cirurgia também é utilizada em caso de varizes. Esse tratamento consiste na retirada das veias prejudicadas a partir de pequenos cortes na pele, sem deixar grandes cicatrizes. A cirurgia requer alguns dias de repouso do paciente. Esse período de descanso é variável conforme a gravidade do caso, mas, geralmente, é de 15 dias. Por ser um método invasivo, a cirurgia necessita de uso da anestesia (geral, raquidiana ou epidural).

Já a ablação térmica, utiliza o calor para queimar as veias doentes. Por meio da introdução de cateter dentro do vaso sanguíneo cuja extremidade transmite energia (vapor d’água, laser ou radiofrequência) que esquenta o interior das veias provocando uma queimadura que destrói a veia doente. Esse tratamento é menos invasivo que a cirurgia.

A ablação não-térmica, também chamada de escleroterapia, é um procedimento adequado tanto para varizes quanto para vasinhos. É um tipo de tratamento que pode ser realizado com introdução de substâncias esclerosantes na veia.
Este último, é feito com glicose (vasinhos) ou polidocanol (espuma para vasinhos e varizes de grande calibre, incluindo a veia safena).

Tratamento de varizes por espuma

A escleroterapia com espuma consiste na injeção de polidocanol, com concentração de 0,25% a 3%, nas veias ou capilares. Ao misturar o polidocanol com ar e agitar forma-se espuma branca.

Ao injetar esta espuma, ela demora de 30 a 60 segundos para se misturar com o sangue. Assim a ação é na parede da veia doente que incha por dentro e impede a passagem do sangue. Após algum tempo a veia atrofia e fica imperceptível.

A escleroterapía na forma de espuma está indicada em todos os estágios da doença. É a destruição química ou farmacológica das veias doentes.

O tratamento com espuma é menos invasivo do que os processos cirúrgicos tradicionais ou com inserção de cateteres. Por esse motivo, é também um procedimento feito com rapidez (em torno de 30 minutos), que não requer anestesia. O paciente também não precisa de repouso, tendo recuperação imediata e retornando para casa imediatamente após. A escleroterapia é, geralmente, feita no próprio consultório médico. Outra vantagem é o baixo risco de complicações decorrentes do tratamento.


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