06/09/2019 às 17h09min - Atualizada em 06/09/2019 às 17h09min

Funcionários da prefeitura fazem vistoria na Bienal do Livro em busca de 'material impróprio'

Em nota divulgada após o encerramento da ação, a Bienal do livro informou que entrou "com pedido de mandado de segurança preventivo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

O Globo
Gabriel Paiva / O Globo
No início da tarde desta sexta-feira (06), dez funcionários da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) chegaram à Bienal do Livro, que está sendo realizada no Riocentro, para identificar e lacrar livros considerados "impróprios". A operação, que aconteceu após o prefeito Marcelo Crivella mandar recolher HQ com beijo entre dois homens, durou até 14h e não apreeendeu nenhuma obra.

Em nota divulgada após o encerramento da ação, a Bienal do livro informou que entrou "com pedido de mandado de segurança preventivo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (...) a fim de garantir o pleno funcionamento do evento e o direito dos expositores de comercializar obras literárias sobre as mais diversas temáticas – como prevê a legislação brasileira".

'Em busca de material pornográfico'

Segundo Wolney Dias, subsecretário operacional da SEOP, que comandava a operação, trata-se de "uma vistoria em busca de material pornográfico".

"A prefeitura tem poder de polícia para isso", disse Wolney à imprensa presente no local.  "Se o material não estiver seguindo as recomendações, ele será recolhido. Estamos seguindo a orientação da procuradoria da prefeitura. Eu não entendo que haja censura. Se for material pornográfico, oferecido sem as normas, será recolhido. Estamos seguindo a orientação da procuradoria da prefeitura. Eu não entendo que haja censura. Se for material pornográfico, oferecido sem as normas, será recolhido."


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