05/09/2019 às 15h18min - Atualizada em 05/09/2019 às 15h18min

Witzel quer adotar protocolos de guerra para alertar população sobre operações

O governador também afirmou que o estado continuará enfrentando a criminalidade e lembrou que milicianos foram presos recentemente

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Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Em evento nesta quinta-feira (04) no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, o governador Wilson Witzel anunciou que o Estado vai adotar protocolos para reduzir danos em operações em favelas. A proposta, segundo ele, é orientar a população quando a polícia estiver realizando ações na região. Witzel chegou a fazer referência às medidas utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, ele voltou a falar sobre a iniciativa de colocar PMs dentro de escolas durante operações em comunidades:

"Vamos trabalhar um plano de segurança para reduzir os danos, para que a população saiba como se comportar em operações da polícia. Na Segunda Guerra Mundial, eles tocavam a sirene, ia todo mundo para debaixo da terra, para evitar os bombardeios nazistas, e a Inglaterra poder sobreviver no combate ao Nazismo. Aqui, vamos ter que adotar protocolos semelhantes. Policiais nas escolas para ajudar as crianças e professores a se protegerem. Mas se nós não fizermos isto, mais vítimas vão aparecer. E muitas destas vítimas em confrontos das próprias facções."

O governador também afirmou que o estado continuará enfrentando a criminalidade e lembrou que milicianos foram presos recentemente:

"O miliciano atua mais no asfalto, o traficante não. Ele está dentro da comunidade. Não tem como tirar o traficante se a polícia não chegar. O crime organizado e o narcoterrorismo estão infiltrados na comunidade, a comunidade não aguenta mais conviver com o crime organizado, porque quando eles não estão trocando tiro com a polícia , estão trocando tiros entre eles. A população estará sempre no meio do tiroteio e as vítimas que eu também lamento profundamente pela morte, é mais um resultado dessa violência que acontece no Rio e que nós não podemos retroceder."

Perguntado sobre os casos de violência na Cidade de Deus e na Vila Kennedy, nesta semana, o governador fez questão de lembrar a morte do cabo Rafael dos Santos Neves, de 39 anos, na comunidade Fazendinha, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, na última terça-feira.

"O senhor (referindo-se ao repórter) esqueceu um caso. Nós tivemos também a morte de um policial que vai ser enterrado hoje (quinta-feira). Também é um caso de violência. A violência é praticada pelo narcoterrorismo que está no Rio de Janeiro. Eu ontem (quarta-feira) conversei com moradores da Vila Cruzeiro, moradores que não querem se identificar, mas que estão apoiando o trabalho da  polícia",conta Witzel.

Witzel participou do evento de lançamento do sistema de monitoramento com 1.800 câmeras de última geração para vigiar os mais de 53 mil presos distribuídos por 51 unidades penitenciárias do estado. Orçado em R$ 28 milhões, o novo sistema, que é o mais moderno do país, faz parte dos investimentos feitos pelo Gabinete de Intervenção Federal (GIF), para a melhoria da segurança do Rio. A cerimônia foi nesta quinta-feira.

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