22/07/2024 às 16h10min - Atualizada em 22/07/2024 às 16h10min

CCZ orienta a população no combate ao caramujo africano

Tratamento do solo e extermínio do molusco podem ser feitos de forma simples pela população

Ascom
O Centro de Controle de Zoonoses de Campos, através do setor de Controle de Animais Peçonhentos e Sinantrópicos, realiza regularmente o controle do caramujo africano. O trabalho consiste em orientar a população sobre as ações necessárias para o controle da infestação do molusco, que ocorre sobretudo no período das chuvas, em diversos bairros da cidade.

Segundo a médica veterinária e coordenadora do setor, Carla Chicarino, a população não deve manipular o molusco sem a proteção de luvas descartáveis e muito menos utilizá-los como iscas para pesca, ou até mesmo como alimento. "Primeiramente, catar os moluscos com as mãos protegidas por luvas descartáveis e após a catação, os moluscos devem ser esmagados, cobertos com cal virgem e descartados", explica.

E acrescentou: "O material pode ser ensacado e descartado em lixo comum, mas é preciso quebrar as conchas para que elas não acumulem água e se transformem em focos de mosquitos, como o Aedes aegypti, vetor do vírus da dengue", completou Chicarino.

O CCZ alerta a população quanto à necessidade da limpeza dos quintais e terrenos para evitar a proliferação de animais sinantrópicos, como pulgas, baratas, carrapatos, pombos, além é claro, dos caramujos, que se proliferam durante o período de chuvas.

"A maioria dos casos são encontrados nos terrenos baldios. É preciso que a população fique atenta e denuncie quando um terreno estiver apresentando perigo para a população de seu entorno. O caramujo africano é hermafrodita, isto é, ele possui o sistema reprodutor masculino e feminino, podendo se autofecundar, dessa forma o caramujo procura um local que ofereça as condições necessárias para se reproduzir. Outro problema é que o caramujo africano não tem um predador natural, o que dificulta ainda mais o controle da espécie", destaca a veterinária.

O caramujo africano foi introduzido no Brasil, na década de 80, como uma versão alternativa ao escargot, prato da culinária francesa, mas depois se descobriu que o molusco não era comestível e que transmite várias doenças, entre elas, a meningite.

 
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