30/04/2024 às 07h48min - Atualizada em 30/04/2024 às 07h48min

Campos confirma primeira morte em decorrência de chikungunya

Trata-se de um idoso de 72 anos, morador da localidade de Tocos, na Baixada Campista, que morreu em 23 de março, porém a investigação foi encerrada nesta segunda-feira (29) pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde

- Redação
PMCG
Foto: Reprodução
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) liberou, nesta segunda-feira (29), mais um boletim semanal de dengue e outras arboviroses. Além da atualização das notificações, o novo informe traz também a confirmação da 1ª morte em decorrência de chikungunya registrada no município. Trata-se de um idoso de 72 anos, morador da localidade de Tocos, na Baixada Campista, cuja investigação foi encerrada hoje pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), após confirmação por meio de exame realizado no Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/RJ).

Com a nova atualização, os dados referentes ao período da 1ª até a 17ª Semana Epidemiológica de 2024, que compreende os meses de janeiro, fevereiro, março e abril, contabiliza 10.012 notificações para dengue, entre confirmação laboratorial e clínico epidemiológico. Deste total, há um óbito de um paciente de 64 anos. Também foram registradas 416 notificações para chikungunya. A morte do paciente de 72 anos em decorrência da doença ocorreu em 19 de março. Não há registro de zika.

“Recebemos hoje o resultado do exame que confirmou Chikungunya e hipotensão arterial como causa da morte do paciente. O idoso foi atendido em unidade de saúde particular no dia 19, onde teve diagnóstico de chikungunya. Tendo piorado o quadro de dor abdominal em baixo ventre, ele foi atendido no Hospital São José no dia 23, mas não resistiu e morreu no mesmo dia por hipotensão e choque. Ele era diabético” explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury.

O cenário epidemiológico para dengue e outros agravos em decorrência de infecção proveniente da picada do mosquito Aedes aegypti é monitorado pela SUBVS diariamente. Das notificações recebidas até o momento, a distribuição mensal para dengue ficou assim: janeiro 862; fevereiro 3.062; março 3.782 e, abril 5.306. Para chikungunya: janeiro 47, fevereiro 66, março 147 e abril com 156.

“Isso nos deixa bastante preocupados porque a chikungunya é uma doença, que apesar de não ter uma evolução grave como a dengue faz muitas vezes, com choque, baixa pressão, sangramento, ela traz repercussões de alta morbidade podendo evoluir para lesão cerebral, encefalite e artrite, inclusive podendo em alguns casos levar sequelas subagudas e infecção crônicas”, relatou

Charbrll Kury explica também que por ser um vírus com maior capacidade para causar sequelas, diferentemente da dengue que não faz sequelas, a chikungunya precisa ser notificada. “A gente sabe que uma rua com chikungunya tem uma necessidade de cuidado da equipe do Centro de Controle de Zoonoses muito mais preocupante do que a dengue, isso porque o vírus que tem uma viremia mais longa. O mosquito tem a capacidade de transmitir o vírus por muito mais tempo”, observa.

O município está em epidemia por dengue desde o dia 1º de março, quando foi criado o Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses. Em virtude do feriado desta quarta-feira (1º), em comemoração ao Dia do Trabalhador, a reunião do Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses será realizada no dia 8 de maio, ocasião em serão debatidas as ações de enfrentamento à dengue e a chikungunya. Outro assunto a ser tratado será a vacinação contra a dengue, que o município espera receber em breve.
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