Neste domingo, 31, diversas religiões ao redor do mundo comemoram uma das datas consideradas mais importantes entre os fiéis: a Páscoa.
Para o cristianismo, a data é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo e representa a “passagem da morte para a vida”.
Entre os símbolos litúrgicos adotados pelos católicos estão o coelho, que representa a fertilidade e esperança de uma nova vida, o círio pascal, uma vela que representa a luz de Cristo usada durante o tempo pascal, e a água, que é abençoada.
Além disso, o cristianismo associa a imagem dos ovos de chocolate ou ovos de Páscoa, considerados uma tradição milenar, porque costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois o ovo é um símbolo de nascimento.
Durante o período pascal, os padres também usam cores de vestes específicas nas celebrações. No início da Quaresma, ou seja, na Quarta-Feira de Cinzas, que vai até o sábado que antecede ao Domingo de Ramos, eles utilizam a cor roxa, que significa penitência.
No Domingo de Ramos são usadas vestes vermelhas, simbolizando o martírio. Somente no domingo de Páscoa, os párocos utilizam vestes brancas ou douradas para expressar o renascimento”.
Nas religiões Umbanda e Candomblé, a comemoração da Páscoa costuma ser igual à da Igreja Católica, pois 99% da crença vem do catolicismo. No entanto, em alguns terreiros ocorrem caminhadas para reverenciar Ogum, que na Igreja Católica é o São Jorge.
Já a Páscoa judaica celebra a libertação do povo judeu da escravidão do Egito, remetendo a fatos ocorridos há mais de três mil anos. A data também é conhecida como “Festa da Libertação” ou “Pessach”.
Na noite de celebração, as casas judaicas devem estar limpas e arrumadas. Além disso, qualquer tipo de alimento fermentado tem o seu consumo proibido. Um dia antes da Páscoa, a família deve jejuar em homenagem aos primogênitos que não foram atingidos pela última das pragas egípcias.
Já para as testemunhas de Jeová, a data é importante, mas não há comemorações especiais. O budismo também não celebra a Páscoa. A doutrina tem suas próprias festas e as mais celebradas são as que fazem referência ao nascimento de Buda.
Os muçulmanos também não festejam a Páscoa, já que as cerimônias mais importante do islamismo é o Ramadã: um mês de jejum, em que se celebra a primeira revelação feita por Deus a Maomé, e a peregrinação a Meca.
Apesar das raízes do Cristianismo e do Islamismo terem as mesmas origens, tendo como profetas Abraão, Noé e Moisés, os destinos históricos são diferentes. Para a crença islâmica, profeta é um ser sagrado com a missão de trazer a palavra de Deus, e por tal motivo, nunca poderia ser crucificado.
Para eles, a Páscoa significa a renovação da fé. Os espíritas, apesar de não comemorarem as datas celebradas por outras religiões e doutrinas, respeitam as manifestações religiosas de todas as igrejas cristãs.
Por sua vez, os evangélicos, como todos os cristãos tradicionais, dão grande importância para a Semana Santa e Páscoa. Durante a sexta-feira santa acontece um culto especial, chamado “Cantata”, onde há apresentações de teatro, música e dança. Já no domingo de Páscoa há o culto da ressurreição.