​Polícia resgata mulher que era torturada e mantida em cárcere privado em Campos

Policiais Civis da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) resgataram  na noite desta quinta-feira (7), uma mulher que era torturada e mantida em cárcere privado pelo companheiro, no bairro Novo Horizonte, em Campos. O homem foi preso em flagrante. 

Segundo informações da delegada Madeleine Dykeman, diligências ainda estão em andamento e os detalhes serão divulgados no decorrer do dia.  A delegada também informou que a vítima também teve as sobrancelhas e o cabelo raspados pelo companheiro. O casal tem três filhos, e dois deles estavam na residência no momento do resgate. 

Ainda segundo a delegada, as portas da residência estavam sem maçanetas, as janelas eram trancadas com cadeado e cobertas com lençóis, para que a vítima não conseguisse fugir e nem pedisse ajuda.  

Violência contra a mulher

Ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas, no ano de 2023. Os dados referem-se a oito dos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança (BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP).

Ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio, feminicídio. São inúmeras as violências sofridas que não começam ou se esgotam nas mortes registradas. 

Os dados monitorados apontaram 586 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, a cada 15 horas, uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros (72,7%), que usaram armas brancas (em 38,12% dos casos), ou por armas de fogo (23,75%).

A lei do feminicídio, sancionada em março de 2015, qualifica o crime quando ele é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, quando envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.