​Dono de loja de armas acusado de matar empresário é preso em Campos

Rogério Machado Lopes, conhecido como Xerife, proprietário de uma loja de armas, foi preso na manhã desta quarta-feira (31), em Campos. Rogério matou a tiros o empresário Renato de Souza Maciel, de 46 anos. Ele foi assassinado ao lado da filha, dentro do carro, no dia 20 de dezembro de 2023, na Rua Oscar Machado, no bairro IPS, em Campos. 

O assassino de Renato, ainda na noite do crime, usou as redes sociais para confessar o assassinato, e chegou a se apresentar na delegacia, mas foi liberado. Renato foi morto com um tiro no tórax.

No dia do crime, testemunhas informaram que antes dos disparos, a vítima e o autor tiveram uma discussão.  

Rogério Matos Lopes, o Xerife, é proprietário de uma loja de armas e munições, em Campos. É colecionador de armas, atirador desportivo e caçador (CAC).  

Relembre o caso 

Em dezembro, durante coletiva de imprensa, a delegada Natália Patrão, disse que além do autor alegar legítima defesa, ele relatou que a vítima teria comprado um carro com ele, mas não pagou, e, há um ano, o suspeito estaria cobrando e tentando negociar o pagamento, de cerca de R$ 200 mil. O autor também apresentou a arma de fogo utilizada no crime, o porte e posse da arma. 

“No dia do crime, testemunhas disseram que eles ficaram aproximadamente uns 20/30minutos conversando. Até que, em determinado momento, o autor teria falado: ‘Você quer ver eu te dar um tiro na cara?’. E o Renato falou: ‘Dá, dá dá, então dá’”, diz a delegada. 

Ainda segundo a delegada, a arma mencionada pelo suspeito, que estaria em posse da vítima, não foi encontrada no local do crime. “A polícia militar, no momento que foi ao local, não encontrou nenhuma arma dentro do carro. O autor disse que tinha arma e que, provavelmente, a família tirou a arma. Já a família da vítima alega que não tinha arma dentro do carro e não retirou arma nenhuma do carro também. As testemunhas ouvidas dizem que não viram ninguém retirar arma do carro, mas muitas pessoas entraram no carro”. 

O suspeito foi liberado após ser ouvido. A família da vítima permaneceu em frente à 134ª DP, pedindo por justiça. A filha de Renato, que presenciou o assassinato do pai, chegou a correr atrás do veículo do autor. Ela teria contado aos policiais que foi ameaçada de morte pelo autor no local da execução.