09/01/2024 às 13h55min - Atualizada em 09/01/2024 às 13h55min
Ciclofaixas continuam criando polêmica no trânsito campista
- Redação
Incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte em Campos dos Goytacazes é uma medida que agrada boa parte da população. No entanto, a construção de ciclofaixas nas principais ruas da cidade, como as ruas Tenente Coronel Cardoso( Formosa), Barão de Miracema e Barão da Lagoa Dourada vem tirando o sono de empresários e até mesmo dos motoristas e ciclistas.
De acordo com o empresário e vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos- ACIC-, Leonardo Castro de Abreu, a implantação das ciclofaixas pelo Instituto Municipal de Trânsito e Transporte- IMTT- é positiva, mas o correto seria o Poder Público oferecer à população um sistema de transporte de qualidade, principalmente para área central da cidade, permitindo ao campista, a opção de não tirar o carro da garagem, reduzir os custos para o motorista e menos carros no trânsito.
- As ciclofaixas deveriam ser sempre do lado esquerdo da rua, por questões de segurança. Da forma que algumas foram feitas, os passageiros desembarcam na faixa de rolamento", explicou Leonardo.
O empresário acrescentou ainda que
mesmo com as ciclofaixas não houve mais fluidez no trânsito, pois se utiliza as mesmas duas faixas de rolamento, isso , só será possível com o sistema semafórico inteligente. É notório a insatisfação dos empresários e consumidores com este projeto das ciclofaixas, justamente os que fazem gerar a economia da cidade e sustentar a máquina pública. Prestem muita atenção, as eleições estão chegando", concluiu o empresário Leonardo.
Por outro lado, alguns motoristas como o aposentado João Batista da Silva, 66 anos, morador do Caju, explica que dirigir em Campos está cada vez mais complicado. " O número de veículos circulando na cidade triplicou, assim como a quantidade de ciclistas e motociclistas circulando pelo município. Mas, não podemos deixar de pensar, que aumentou porque não existe um sistema de transporte público de qualidade para atender a população, não só na área central, como nos bairros e distritos.
Já a ciclista Terezinha Batista, 55 anos, explica que usa a bicicleta como meio de transporte, porque reside na área central e não precisa se deslocar na hora do "rush", já que infelizmente boa parte dos motoristas não respeitam os ciclistas. Ela exemplificou, que na Av. Alberto Torres, no trecho entre a praça São Salvador e a Estação da Leopoldina, existia uma ciclofaixa, nas devido o recapeamento não foi sinalizado ainda. E o ciclista que precisa passar ali, tem a sensação que os veículos estão sempre apressados e quase fazem do local uma pista de corrida", comentou.
Os três campistas concordam que a ciclofaixa é uma tendência de sustentabilidade e mobilidade urbana, mas acreditam que deveriam oferecer opção para as pessoas. Eles defendem ainda campanhas educativas, para que haja um equilíbrio no trânsito campista.