06/07/2023 às 10h21min - Atualizada em 06/07/2023 às 10h21min

Hanseníase: Saúde com serviço de teste rápido em Campos

Atendimento será feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF)

Jornal Aurora - Redação
PMCG
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, está realizando teste imunocromatográfico (teste rápido) para pessoas que vivem ou viveram, nos últimos cinco anos, com portador de hanseníase. Para esses contactantes, o atendimento será feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Penha e Tocos e nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) do IPS, Parque Imperial, Lagoa de Cima e Ponta da Lama.

O diretor do programa, o dermatologista Edilbert Pellegrini, explica que o serviço é novo no município e o exame para contatos visa detectar se a pessoa possui anticorpos para Mycobacterium leprae.

“As pessoas mais expostas são as que convivem com o doente, já que é uma patologia de transmissão respiratória. Então, quando você tem um contato com um portador de hanseníase, essa pessoa desenvolve anticorpos. Esses anticorpos podem ser efetivos ou não contra a doença. Dessa forma, antes da realização do teste, os contatos são examinados para excluir que tenham a doença e, assim, termos um diagnóstico mais precoce possível. Caso o resultado do teste seja positivo, significa apenas que o indivíduo esteve exposto à bactéria. Lembrando que 90% da população do mundo é resistente a doença”, informou o médico.

A DOENÇA – A hanseníase é uma doença crônica, que pode afetar qualquer pessoa. Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes.

Pellegrini reforça a necessidade do diagnóstico precoce, do tratamento que é ofertado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e combate à doença, que tem cura e evitando assim possíveis sequelas, caso o paciente receba os cuidados o quanto antes.

“O grande problema da hanseníase é que como ela ataca o sistema nervoso periférico pode levar a incapacidade física, onde a pessoa fica impossibilitada de realizar as atividades do dia-a-dia. É uma doença que tem um período de incubação muito longo. Então, entre o tempo que a pessoa adquire a doença e começa a apresentar os sintomas, pode levar de três a sete anos”, informou o dermatologista, acrescentando, também, que o diagnóstico tardio favorece para o desenvolvimento das incapacidades.

O Programa Municipal de Controle da Hanseníase realiza o atendimento no Centro de Referência Augusto Guimarães, na Estrada do Santa Rosa, no Parque Santa Clara, anexo ao Hospital Geral de Guarus (HGG) e conta com uma equipe multidisciplinar composta por: por médicos, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo e fisioterapeuta. O funcionamento acontece de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h.
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