12/06/2023 às 11h23min - Atualizada em 12/06/2023 às 11h23min
Casa de Passagem abriga pessoas em situação de rua e oferta diversos serviços em Campos
Além de abrigo, o espaço proporciona condições de saúde e sociais para os usuários
Jornal Aurora - Redação
PMCG
Vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, a Casa de Passagem é um dos quatro abrigos municipais que atendem pessoas em situação de rua na cidade. No local, os usuários são abrigados e recebem atendimentos de saúde e social para que tenham condições de retornar ao mercado de trabalho e ao convívio de seus familiares. A perda de emprego e o corte de relação com a família são alguns dos principais motivos que levam pessoas às ruas.
Com capacidade para absorver 36 vagas, atualmente o espaço mantém 22 usuários, que são adultos ou grupos familiares com ou sem crianças que se encontram em situação de desabrigo. A Casa de Passagem é um abrigo provisório, em que as pessoas podem ficar por três meses, podendo esse período ser prorrogado por igual período, dependendo do planejamento do indivíduo. Os acolhidos são encaminhados pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (CentroPoP), que realiza abordagens diariamente a pessoas em situação de rua pela cidade. A permanência no abrigo não é obrigatória, tendo o usuário liberdade de continuar na Casa ou não.
Durante o tempo que o assistido fica na Casa de Passagem, ele recebe apoio com serviços, como a retirada de documentação, atendimento de saúde, além de inclusão nos programas sociais municipais, como Aluguel Social, Cartão Goitacá e Mãe Coruja, destinado às mulheres gestantes. Atualmente, dois assistidos da Casa de Passagem foram os primeiros a serem atendidos pelo programa Acolhe Campos, que destina pessoas em situação de rua, que estão em abrigos municipais, ao mercado de trabalho.
O espaço conta com ampla área de convivência, com quintal grande, salas de televisão e internet que pode ser acessada gratuitamente. A Casa de Passagem ainda dispõe de cozinha, oito dormitórios e diversos banheiros. Diariamente, os usuários fazem seis refeições. O abrigo tem 34 colaboradores, equipe com pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, cuidados, auxiliares de limpeza, seguranças e cozinheiras.
Os assistidos realizam algumas atividades dentro do próprio espaço, como no projeto “Escrevendo uma nova história com os pés e o coração no futuro”, criado a partir da necessidade de inclusão social e liberdade financeira. O projeto oferece um curso de produção de artesanato. Com isso, pessoas como Daniel Pereira, de 52 anos, que mora na Casa, conseguem renda para alcançar seus objetivos. “Eu só quero vitória daqui pra frente. Eu estou aqui há dois meses, mas antes eu estava na rua. Agora, aprendendo o artesanato, eu quero me reerguer”, disse.
“A gente trabalha todo mundo em rede com os outros departamentos da SMDHS e de outras secretarias para que esse individuo não volte nunca mais para as ruas. Para a gente, é motivador vir todos os dias trabalhar e perceber que em algumas situações as pessoas mudam suas histórias”, disse a diretora da Casa de Passagem, Rose Pereira.
Além da Casa de Passagem, o município ainda conta outros três abrigos que juntos atendem cerca de 150 pessoas, com o Lar Cidadão, Manoel Cartucho, e uma Organização da Sociedade Civil (OSC) cofinanciada pela SMDHS.