25/05/2023 às 20h12min - Atualizada em 26/05/2023 às 00h03min

“Em dois anos, um bom vendedor sai da classe C para a classe A”, garante especialista em vendas

Profissionais de ponta na área comercial chegam a ganhar R$ 50 mil mensais, afirma Thiago Concer, fundador do Sales Clube

SALA DA NOTÍCIA Kamila Garcia

Apesar de o Brasil ainda ter cerca de 9 milhões de pessoas desempregadas, em algumas funções não faltam vagas de emprego, mas sim profissionais. É o caso dos vendedores, que respondem pelo maior número de posições em aberto em plataformas de recrutamento como Catho e Infojobs. E, apesar de um certo ranço no senso comum em relação à categoria, os vendedores – pelo menos os mais qualificados – são muito bem remunerados. Um exemplo disso são os representantes comerciais, categoria responsável por prospectar e visitar clientes, apresentar produtos, negociar preços, fechar vendas e enviar os pedidos à empresa representada. 

“Bons vendedores ganham muito, muito, muito dinheiro. Excelentes vendedores ganham mais do que médicos, do que juízes, do que artistas”, garante Thiago Concer, um dos fundadores do Sales Clube, maior ecossistema de vendas do Brasil, que se propõe a ajudar os mentorados a transformarem seus negócios em verdadeiras máquinas de lucro. “É uma profissão que paga muito bem e propicia às pessoas ascenderem de classe social muito rapidamente. Em dois anos, um bom vendedor sai da classe C para a classe A, ganhando R$ 30 mil, R$ 40 mil ou R$ 50 mil por mês.” 

Um dos maiores especialistas em vendas do país e líder do Orgulho de Ser Vendedor (OSV), movimento que defende a profissionalização e a valorização da profissão, Concer diz que a falta de profissionais no mercado se dá por uma questão lógica: toda empresa nasce para comercializar algum produto ou serviço. “Mesmo assim, ainda não se olha para o departamento comercial de forma profissional. O comercial é o coração de qualquer empresa, mas ao mesmo tempo é o setor mais amador que existe. A maioria das empresas brasileiras subestima o departamento comercial”, avalia Concer. "Por isso temos tanto sucesso no Sales Clube. Mexemos rapidamente no coração da empresa. O gestor entra no clube, em três dias começa a fazer as mexidas necessárias em seu negócio e, em 10 dias, já começa a ver o investimento de volta.” 

Autor do livro best-seller “Vendas não ocorrem por acaso” e do recém-lançado “Vendedor bonzinho não fica rico”, Concer é na atualidade o treinador de equipes comerciais mais contratado do Brasil. De 2015 a 2021, treinou mais de 150 mil vendedores. Nos últimos quatro anos, realizou treinamentos em mais de 530 empresas. Na internet, acumula mais de 1,8 milhão de pessoas impactadas mensalmente com conteúdos repletos de dicas práticas sobre vendas, gestão, liderança e empreendedorismo. Fundado em 2019, o Sales Club já realizou mentorias em 340 empresas e formou quase 5 mil gestores de vendas. Por semana, treina cerca de mil vendedores. 

Segundo Concer, um bom vendedor tem um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes específico para a função. Além de ambiciosos e competitivos, os profissionais precisam ter aquilo que ele chama de “coach hability”, a capacidade de ouvir, compreender e fazer diferente com aquilo que ouviu e compreendeu. “Hoje, vendas referem-se muito mais sobre pergunta do que sobre técnica de convencimento. O ato de perguntar gera uma segunda coisa que é ouvir, ouvir e fazer algo com o que ouviu”, explica o especialista. “Por isso, os bons vendedores hoje estão tão raros – e tão procurados – quanto programadores.”  

Ainda de acordo com Concer, a pandemia acelerou a necessidade de desenvolvimento e aperfeiçoamento profissional por parte dos vendedores, o que ainda é uma grande lacuna não preenchida pelas empresas, resultando na abundância de vagas para o setor comercial no mercado de trabalho em um país com 9 milhões de desempregados. “Hoje, a venda se tornou mais específica e, com isso, exige maior especialização do vendedor. Depois da pandemia, o vendedor ficou muito mais especializado. Hoje, precisa saber mexer em CRM, por exemplo. Essas habilidades já estavam começando a ser exigidas, mas este processo foi acelerado, e tornou o profissional muito mais raro”, diz o fundador do Sales Club. “O ambiente para os vendedores é muito próspero. Para a grande maioria, os próximos anos serão de desafio e, para os que entenderam que para vencer é necessário profissionalização e aperfeiçoamento, serão muito positivos.” 

 

 


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