Devido às mudanças hormonais e físicas que o corpo passa durante a gestação, o olho das futuras mamães pode ficar mais seco e a córnea e o cristalino também podem mudar a curvatura, culminando em mudança de grau. Por isso, é muito importante que esse período seja marcado por visitas ao oftalmologista, integrando o pré-natal, prática ainda pouco adotada, alerta a Mayra Leite, especialista em retina clínica do H.Olhos - Rede Vision One, rede nacional de hospitais especializados em oftalmologia.
“Vale lembrar que essas modificações só serão reversíveis após o nascimento do bebê. Deste forma, acabamos por não mudar o grau durante a gestação”, explica Mayra, que além de oftalmologista também é mamãe de duas crianças, uma de 3 e outra de 5 anos..
Mais comum do que se imagina
A mudança de grau na visão é um sintoma comum em algumas gestantes e, de acordo com estudos, aproximadamente 30% das mulheres podem experimentar mudanças na refração ocular durante a gravidez - podendo ser aumento ou diminuição do grau de miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
Geralmente, essa mudança na visão ocorre no segundo trimestre da gestação, e a maioria das mulheres retorna ao grau original de refração após o parto. No entanto, algumas podem continuar com a mudança de grau ou apresentar outras alterações visuais, como olhos secos ou sensibilidade à luz.
Por conta disso, a oftalmologista alerta sobre a necessidade da realização de exames oftalmológicos regulares para monitorar a saúde ocular e garantir o tratamento adequado, quando necessário. “Há também o fato de que doenças como diabetes podem piorar na gravidez, sendo necessário acompanhar a retina para evitar ou tratar a retinopatia diabética”, lembra Mayra.
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