08/05/2023 às 10h25min - Atualizada em 08/05/2023 às 10h25min
Paraesporte volta com as atividades gratuitas de Equoterapia
Há 3 anos que Campos não oferecia esse atendimento gratuito e agora, o Paraesporte vai retornar com a Equoterapia no próximo dia 11, na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf)
O Paraesporte, maior projeto sócio-esportivo do país, voltado para pessoas com deficiência, estará retomando na próxima quinta-feira (11) das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30 com as atividades gratuitas de Equoterapia, explicou o idealizador do projeto, o ex- atleta da seleção brasileira de natação Raphael Thuin, que criou o projeto há 13 anos, sendo que nos últimos sete anos trouxe para Campos dos Goytacazes. O Paraesporte já oferece outras modalidades atendendo cerca de 300 alunos.
Inicialmente, o atendimento de Equoterapia vai atender 42 pessoas, com idades variadas, que precisam do tratamento para melhorar sua qualidade de vida, conforme os estudos mostram a eficiência dos atendimentos com cavalo para melhorar a postura, equilíbrio, entre outros benefícios, explicou o Coordenador do Paraesporte, Fábio Coboski.
O trabalho contará com uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, fisioterapeutas e professores de educação física, devidamente qualificada para exercer o atendimento de Equoterapia. "Nesta primeira fase contaremos com dois cavalos que foram avaliados e vacinados por veterinários. O Paraesporte já tem previsão de obter mais um cavalo, visando ampliar o número de atendimento, pontuou Raphael Thuin.
-Melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência tem sido um dos meus maiores desafios e poder retornar a oferecer esse atendimento gratuito às famílias muito me orgulha. Foram anos de luta e de muitas parcerias, como a feita com o reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) Raul Palacio que abraçou a causa, cedendo o espaço da Universidade em 2021, para que o trabalho não fosse paralisado definitivamente por falta de recursos públicos. Hoje, além das aulas de Equoterapia, mais de 300 alunos frequentam as aulas de iniciação desportiva, natação, futebol, futsal, vôlei de praia e dança. O Paraesporte também atende as mães ou responsáveis com aulas de dança e hidroginástica. O atendimento acontece de terça a sexta-feira das 8h às 17h30. E este ano nossos alunos passaram a contar com refeições oferecidas no Restaurante da Universidade ", ressaltou Thuin.
A coordenadora do Programa, a psicóloga, Marcelle Lacerda destacou que a Equoterapia é um método terapêutico e educacional, realizado por equipe interdisciplinar que tem o cavalo como principal agente promotor físico, cognitivo, emocional e social. A Equoterapia tem a possibilidade de poder ser realizada em ambientes ao ar livre, o que é um diferencial diante de outras terapias realizadas em outros settings terapêuticos. favorece o ganho da autonomia e da qualidade de vida do praticante, a partir do momento que quem está em cima do cavalo é protagonista do seu tratamento.
Já Alessandra Terra, mãe da pequena Eloá Vitória Oliveira Silva, 3 anos, que tem síndrome de Down, está ansiosa para o primeiro dia de atendimento na Equoterapia com sua filha. " Eloá já faz natação no Paraesporte e já percebemos a evolução e agora com a Equoterapia a nossa expectativa é de melhorar ainda mais a sua coordenação motora, equilíbrio e desenvolvimento . Serão 30 minutos, mas de muita importância neste processo de melhorias de minha caçula" declarou Alessandra.
A ansiedade de Adriana Pedro, mãe de Lucas Alexandre Pedro de Souza, 12 anos , que tem paralisia cerebral, autismo e deficiência auditiva e visual não é diferente. " Tenho lido muito sobre os benefícios que a Equoterapia poderá trazer para meu filho e como não temos condições financeiras de custear particular, poder integrar essa equipe será um sonho a ser realizado, concluiu.
