No próximo dia 26 de março é o Dia Roxo, onde é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia, conhecido como Purple day. A cor roxa foi a escolhida para representar os sentimentos de isolamento que muitas pessoas com epilepsia sentem devido à flor de lavanda, frequentemente associada com a solidão.
Para marcar a data, o neurocientista e neurocirurgião, Francinaldo Gomes e sua equipe organizou o evento Happy Purple Day (Dia Roxo Feliz), programado para os dias 25 e 26 de março.
No sábado, irão acontecer palestras online sobre epilepsia nos perfis @epilepsia360 e @instituto.dr.francinaldo, bem como no Canal no Youtube do Instituto Dr. Francinaldo e também palestras presenciais na Universidade do Estado do Pará, das 19h às 20h30.
Já no domingo, das 8h às 12h, acontecerão atividades educacionais na Praça da República, em Belém do Pará. O evento será aberto ao público e haverá distribuição de panfletos informativos e também orientações sobre como ajudar uma pessoa que está tendo crise convulsiva.
O Dia Roxo busca conscientizar a população e trazer mais visibilidade e novos debates que visam ajudar no tratamento e qualidade de vida dos portadores de Epilepsia. Nesse dia são executadas ações em todo o mundo para chamar a atenção sobre epilepsia. São realizados eventos e locais públicos, em cinemas, teatros, iluminação de pontos turísticos, passeatas e também palestras educativas
A epilepsia é uma condição neurológica bastante comum, que atinge cerca de 2% da população mundial (2 em cada 100 pessoas). A doença é caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas, que se repetem a intervalos variáveis. Mais ainda, podem ocorrer sintomas como insônia, ansiedade, depressão, alterações comportamentais e outras que prejudicam a qualidade de vida da pessoa e de seus familiares.
Estima-se que no Brasil existam cerca de 4 milhões de pessoas com epilepsia; no Estado do Pará estima-se cerca de 160 mil pessoas com epilepsia.
O tratamento convencional é feito com medicamentos chamados fármacos antiepilépticos. Cerca de 65% dos pacientes respondem ao tratamento medicamentoso. Entretanto, cerca de 35% dos pacientes não responde, caracterizada assim como Epilepsia Refratária ou Farmacorresistente ou de difícil controle, ou seja, aquela que não responde à pelo menos dois esquemas de drogas antiepilépticas toleradas e apropriadamente escolhidas e dosadas.
Para os pacientes que não respondem ao tratamento, existe a possibilidade de cirurgia e também o tratamento com medicamentos derivados da cannabis, principalmente o canabidiol. Existem cirurgias em que se retira a parte doente do cérebro; outras em que se desconecta a parte doente e outras em que se coloca um neuroestimulador para controlar as crises. O risco da cirurgia é baixo e os benefícios são muitos.
Nas últimas décadas, muitos avanços ocorreram no campo da epilepsia. Dentre eles, novos métodos diagnósticos, novos medicamentos (incluindo o cannabidiol), novos equipamentos para a realização de cirurgias. Mais ainda, muitos hospitais estão se capacitando para o tratamento das pessoas com epilepsia.
No Estado do Pará, até 2013, não se fazia cirurgia para epilepsia. Os pacientes precisavam viajar para outros estados para obter o tratamento. Desde então, mais de 120 cirurgias já foram feitas, sendo a maioria delas em hospitais privados. O neurocirurgião Dr. Francinaldo Gomes, por meio do Instituto de Neuromodulação, Epilepsia e Cannabis Medicinal, foi o pioneiro no Estado no tratamento cirúrgico para epilepsia. No Sistema Único de Saúde, o Dr. Francinaldo já realizou cerca de 14 cirurgias desde 2019 quando foi feita a primeira cirurgia no SUS em Belém (http://www.ophirloyola.pa.