Relógio Rolex de R$ 100 mil
Um dos relógios é da marca suíça Rolex, todo em ouro e com brilhantes no visor. O acessório não sai por menos de R$ 100 mil. Já o outro, um Hublot com brilhantes cravejados na pulseira, custa, em média, R$ 70 mil.
Segundo informações da Seap, os acessórios já foram avaliados e não são réplicas. Ambos são verdadeiros. Eles pertencem a dois criminosos que chefiam o tráfico de drogas em favelas da Baixada Fluminense.
A operação em Bangu 3 foi feita no início da gestão do atual secretário de Administração Penitenciária, coronel Alexandre Azevedo de Jesus, e contou com 250 agentes penitenciários. Ele critica as últimas gestões ao comentar os objetos apreendidos:
A ação realizada no início de março mostra a inércia em que se encontrava o combate à entrada de materiais ilícitos e a fiscalização nas unidades nos últimos anos.
Desde que assumiu a secretaria, Azevedo intensificou a repressão à entrada de objetos não permitidos no sistema prisional do Rio, principalmente telefones celulares e drogas, com visitantes e servidores.
“Estamos trabalhando em outra importante vertente, iniciando as licitações para adquirir equipamentos e utilizar a tecnologia como aliada para trazer maior controle e segurança ao sistema prisional”, afirmou.
Secretaria quer leiloar as joias
A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) vai pedir autorização para leiloar as joias encontradas com os presos, já que não houve comprovação de que tenham sido compradas com dinheiro obtido de forma lícita. A pasta pedirá um parecer do Ministério Público estadual e da Vara de Execuções Penais para realizar a venda dos objetos. O dinheiro obtido será destinado ao Fundo Especial Penitenciário (FUESP) do estado do Rio, e poderá ser usado na construção de novas unidades prisionais, por exemplo.
Além dos anéis, os agentes também encontraram 169 relógios, item que os presos são proibidos de usar nas cadeias do Rio. Pelos valores e marcas de luxo, dois deles chamaram a atenção do Setor de Inteligência e serão alvo de investigação da secretaria. Há suspeitas de que os acessórios tenham sido roubados pelos criminosos ou seus comparsas. Por isso, a Seap vai investigar as origens de ambos.