Em 12 de março, comemora-se o Dia do Bibliotecário. Celebrada desde 1980, quando foi instituída por decreto, a data enaltece esta profissão e os profissionais que atuam como guardiões do conhecimento humano e verdadeiros guias pelos labirintos do saber.
Para festejar a data, mas atender também ao caráter político de luta pelas demandas da categoria, o Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) realizará nesta quinta-feira, 16 de março, o evento Biblioteca Escolar: Cenários e Desafios, em local apropriadíssimo: a sede da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, local onde se reúnem os Imortais da literatura, responsáveis por muitos dos clássicos que povoam as bibliotecas.
O evento terá atividades para enriquecer a cultura dos participantes e gerar conexões. Os trabalhos serão abertos com as palestra magna Biblioteca Escolar: um breve relato do cenário das bibliotecas escolares do Município do Rio de Janeiro, ministrada por Helena Cristina Duarte Cordeiro, formada em biblioteconomia na Universidade Federal Fluminense e Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal Fluminense. A seguir, Marcos Luiz Cavalcanti de Miranda, bacharel em biblioteconomia pela Universidade Federal Fluminense, mestre e doutor em Ciência da Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex- presidente do CFB, concederá a palestra magna O BibEaD e a Biblioteconomia Escolar: desafios e estratégias para o cumprimento da Lei n° 12.244/2010.
Para encerrar as atividades, será conduzida uma mesa temática de lançamento da campanha Sou Biblioteca Escolar, com Fábio Cordeiro, presidente do CFB; Eva Lucia Medvedeff, presidente do conselho regional da 7ª Região; e Luciana Manta, presidente do Sindicato dos Bibliotecários; além de políticos aliados à causa. No final, haverá um coffee break para os participantes.
Sobre a campanha e a lei 12.244/2010
A campanha Sou Biblioteca Escolar visa sensibilizar a população, a categoria e, principalmente, atores e autoridades competentes para o atendimento da lei nº 12.244/2010. Conhecida como “Lei da universalização das bibliotecas escolares”, ela determina que todas as instituições de ensino do país, públicas e privadas, desenvolvam esforços progressivos para constituírem bibliotecas próprias, com acervo mínimo de um título para cada aluno matriculado.
Além de democratizar o acesso ao conhecimento e a uma forma saudável de lazer, a implementação da lei tem também enorme potencial de geração de emprego e renda, especialmente nas cidades do interior. Fábio Cordeiro, presidente do CFB, ressalta a importância das bibliotecas e bibliotecários para a formação de um país melhor: “Nós podemos e queremos colaborar ainda mais com o Brasil. Porque sabemos que a biblioteca promove a inclusão social, econômica e política, combate o preconceito e forma leitores comprometidos com os valores democráticos. Nosso objetivo é mostrar para todos que as bibliotecas são mais do que espaços físicos. São espaços de convivência, aprendizado, troca de experiências e inclusão social. São lugares onde as pessoas podem encontrar respostas para suas perguntas, soluções para seus problemas e inspiração para seus sonhos. É por isso que nós precisamos de políticas públicas fortes que nos ajudem a cumprir essa missão”, declara.