Nos primeiros seis meses deste ano, a Operação Lei Seca retirou das ruas 6.746 motoristas com sinais de alcoolemia. Este número representa 4,37% do total de abordados (154.166). Apesar de atuar diariamente nas ruas, em horários variados, e ter aumentado em 113% o número de ações de educação e conscientização da população, o flagrante de pessoas com sinais de embriaguez nas blitzes tem se mantido em relação ao ano passado.
Atendendo às metas estipuladas pelo Governo Wilson Witzel, as ações educativas e palestras realizadas pela Operação Lei Seca estão sendo ampliadas. Houve um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre de 2018 foi alcançado um público de 64.271 pessoas, já este ano, até o momento, foram 84.814.
Para a coordenadora da Operação Lei Seca, delegada Verônica de Oliveira, o número ainda elevado de pessoas flagradas nas blitzes com sinais de alcoolemia é um dos motivos pelo qual estão sendo intensificadas as ações educativas.
"Este ano já fizemos mais de 200 palestras em escolas, universidades, empresas, fábricas, e atingimos todos os públicos, desde o infantil ao adulto, porque acreditamos que só é possível mudar a mentalidade da população massificando a educação junto com a fiscalização. Somadas as palestras e ações educativas realizadas este ano pelas nossas equipes alcançamos mais de 80 mil pessoas", contou a coordenadora.
Um dado que reflete a mudança de comportamento em relação à bebida e direção foi apresentado recentemente em pesquisa do Observatório Nacional de Segurança Viária realizada pelo Datafolha com o apoio da empresa Uber, que mostra que 77% dos entrevistados no Rio de Janeiro admitem ter trocado o volante pelo transporte de aplicativo quando vão consumir bebida alcóolica.
Legislação
Ao longo dos últimos anos, um conjunto de leis aumentou o rigor da Lei Seca em todo o país. A Lei Federal nº 13.281, que entrou em vigor em novembro de 2016, aumentou o valor da multa aplicada a motoristas flagrados dirigindo sob o efeito de bebida alcoólica de R$ 1.915,40 para R$ 2.934,70.
Os motoristas flagrados pelo teste do bafômetro ou que se recusam a soprar o bafômetro são multados por embriaguez ao volante, têm a carteira de habilitação (CNH) recolhida e fica com o direito de dirigir suspenso por 12 meses.