09/03/2023 às 15h19min - Atualizada em 10/03/2023 às 00h00min
Mulheres são maioria no Ensino Superior e minoria no mercado de trabalho, indicam estudos nacionais
Mulheres representaram 62% dos inscritos no Sisu em 2023. Apesar disso, ocupam somente 37% dos cargos de liderança.
SALA DA NOTÍCIA Beatriz Ortiz | Rede Comunicação
Imagem: Freepik. Uso gratuito. A presença da mulher no mercado de trabalho é uma conquista recente e que segue em construção. Por décadas, as mulheres brasileiras foram designadas a desempenhar somente as tarefas domésticas, como cuidar da casa e dos filhos. Mas, a partir dos anos 1970, com mudanças legislativas, a população feminina passou a se inserir nos espaços do mercado de trabalho formal. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em março de 2022 divulgou que, entre 2014 e 2019, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho cresceu continuamente, atingindo 54% em 2019. A participação recuou com a pandemia, em 2020, e passou a se recuperar a partir do ano seguinte. Mas, apesar dos avanços, a taxa foi, em todos os anos, ao menos 20% inferior à participação masculina. Para superar esse desafio, o acesso das mulheres à educação formal é um dos caminhos, já que reflete diretamente na inserção delas no mercado de trabalho. É o que ressalta uma das gerentes do Centro Universitário Una – que integra a Ânima Educação –, Sandra das Neves Casonato. Ela acredita no poder da educação para transformar a sociedade – inclusive no aumento de mulheres no mercado. “Quanto maior o número de mulheres qualificadas, maior o número de mulheres empregadas no mercado de trabalho formal”, ressalta Casonato. “Por isso, todos os cursos que oferecemos – nas áreas de Arquitetura, Ciências Agrárias, Direito, Gestão e Negócios, Engenharias, Saúde, Tecnologia da Informação e Computação – são voltados para a empregabilidade e a empresabilidade dos e das estudantes e sempre fomentam a inclusão e a diversidade dentro e fora do campus”. Liderança feminina O crescimento do número de mulheres nas universidades já é uma realidade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), elas já são maioria no ensino superior e, só neste ano, representaram 62% dos inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Mas, a presença no mercado de trabalho, especialmente em cargos de liderança, ainda é um desafio: 63% dos cargos gerenciais são ocupados por homens, enquanto as mulheres atuam somente em 37%. A gerente da Una, Sandra Casonato, ocupa um cargo de liderança, como gestora de campus. Para ela, esse cargo é fruto de muitos anos de conquistas. “Eu me sinto muito feliz e honrada por ser uma mulher que pode contribuir com o crescimento de Minas Gerais, graças à luta de mulheres que vieram antes de mim. E encorajo todas as mulheres a seguirem os seus sonhos, sejam eles quais forem, porque o nosso lugar é onde quisermos - inclusive no ensino superior, no mercado de trabalho e na liderança de grandes instituições”, finaliza. Sobre a Una Com mais de 60 anos de tradição em ensino superior, o Centro Universitário Una, que integra o Ecossistema Ânima, oferece mais de 60 opções de cursos de graduação. Está entre os melhores centros universitários do país, pelo MEC, e é destaque na edição 2022 do Guia da Faculdade, com 517 estrelas, iniciativa da Quero Educação com o jornal O Estado de São Paulo. Pelo ranking, a maioria dos seus cursos foi classificada positivamente com 4 e 5 estrelas. A instituição preza pela qualidade acadêmica e oferece projetos de extensão universitária que reforçam seus pilares de inclusão, acessibilidade e empregabilidade.