07/07/2019 às 10h38min - Atualizada em 07/07/2019 às 10h38min

Procurador preso por suspeita de propina é investigado por obras do Teleférico do Alemão

Renan Miguel Saad teria favorecido empreiteira que realizou as obras

O Dia
Ricardo Cassiano
O procurador Renan Miguel Saad preso por suspeita de ter recebido propina da empresa Odebrecht em obras da Linha 4 do metrô do Rio também é investigado por conta da implantação do Teleférico do Morro do Alemão. Segundo ação que corre na Procuradoria-Geral do Estado do Rio (PGE), Saad teria dispensado o processo de licitação na construção da linha, que liga o Complexo do Alemão à estação de trem de Bonsucesso, na Zona Norte da cidade. As informações são do portal G1. 

De acordo com a reportagem do site, o Ministério Público Especial de Contas emitiu um parecer sobre a ação do procurador que está afastado de suas funções. No documento, a dispensa e a condução do processo por Renan Saad são consideradas “uma aberração”.

Com seis estações construídas e 3,5 km de extensão de linha, o Teleférico do Alemão, que está sem funcionar desde 2016, custou aos cofres públicos mais de R$ 210 milhões. O valor é alvo de investigação de procuradores. 

O DIA procurou a defesa do procurador Renan Miguel Saad, mas não obteve retorno. A PGE e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro também foram questionados sobre o caso envolvendo o Teleférico do Alemão, mas, até o fechamento desta edição, Renan Saad foi preso e levado à sede da Policia Federal no Rio Ricardo Cassiano as duas instituições não se posicionaram sobre o caso.

NÃO É A PRIMEIRA VEZ 

Mas essa não foi a primeira vez que a operação do Teleférico do Alemão foi alvo de investigação. Em 2017, o Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) já questionava a não exigência de licitação, no valor de mais de R$ 50 milhões. Na ocasião, foi determinada pelo tribunal de contas a retenção de R$ 5,8 milhões da empresa devido a sobrepreço em planilha que registra os custos com pessoal.

O procurador do estado foi preso, na última segunda-feira, em etapa da operação Lava Jato por suposto recebimento de R$ 1,3 milhão também por meio da Odebrecht. O valor financiaria pareceres favoráveis para fazer alterações no trajeto da Linha 4 do metrô do Rio. As fraudes fariam parte de um esquema do ex-governador Sérgio Cabral. À época, Renan Saad era assessor jurídico chefe da Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), nomeado por Cabral.

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