02/03/2023 às 18h46min - Atualizada em 03/03/2023 às 00h01min

Artigo de Thiago de Moraes sobre Direitos Humanos - O Apocalipse do Desamor

As crises cíclicas da humanidade

SALA DA NOTÍCIA Maria Emilia Genovesi produtora cultural/ assessora
divulgação

O Prof.Dr.Thiago de Moraes especialista em Direitos Humanos pela FGV passa direto o seu recado sem meias palavras e sem demagogia sobre “o amor na política e nas ciências sociais” e alerta à população de que a internet não é terra de ninguém. 
 

O professor defende que as redes sociais não podem ser usadas de forma ilícita pois há leis e penalizações que precisam ser respeitadas pela população. A lei que tipifica o crime de perseguição, prática também conhecida como stalking  (Lei 14.132, de 2021) é definido como perseguição reiterada, por qualquer meio, como a internet (cyberstalking), que ameaça a integridade física e psicológica de alguém, interferindo na liberdade e na privacidade da vítima. A norma altera o Código Penal (Decreto-Lei 3.914, de 1941) e prevê pena de reclusão de seis meses a dois anos e multa para esse tipo de conduta. A nova lei é oriunda do PL 1.369/2019, de autoria da senadora Leila Barros (PSB-DF).   

As crises cíclicas da humanidade o Apocalipse do Desamor. 

E ao se falar de amor, não estamos nos referindo ao amor piegas, à caridade em forma de esmola, aos chás beneficentes, onde se come e bebe fartamente, numa duvidosa prova de amor ao próximo, que não se deseja migalhas que sobram, mas uma divisão justa e fraterna de bens e oportunidades. 

Na verdade, nós que vivemos num País que se diz cristão precisamos indagar onde estávamos “quando te vimos com fome, com sede, sem teto, nu ou na prisão” e permanecemos calados no nosso conforto, gozando as benesses de uma sociedade injusta que gera a miséria de milhões de seres humanos. 

O amor que precisa ser urgentemente reinserido na nossa sociedade é o amor participante e libertador que  em nenhum momento ou circunstância se esquece do seu irmão, que dá testemunho cotidiano da mensagem de justiça contida os Evangelhos, que liberta os grilhões dos oprimidos, que aproxima os homens e que é o melhor antídoto da violência. 

Para o cristão, todo tempo é tempo de amor e amor é sinônimo de justiça; eis que somente os justos podem amar e para que haja justiça cristã é preciso libertar os oprimidos e perseguidos, substituir o ódio pela compreensão, a violência pela tolerância, a exploração do homem pelo respeito à sua dignidade de pessoa humana e de filho de Deus, enfim toda uma sociedade de desamor por uma nova ordem inspirada na comunidade dos primeiros cristãos que deixavam perplexos os pagãos que exclamavam: ”Vede como eles se amam”.

E a esperança dessa nova ordem é hoje representada pelas comunidades de base, onde a fraternidade aproxima e une os homens. Nestes tempos de violência e de acenos para a repressão, não nos esqueçamos de que o caminho da paz e da justiça social somente será obtido com o amor libertador da injustiça que nos cerca.  
Jornalista 

MTB 0091632/Sp 

 

 

 


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