16/02/2023 às 18h04min - Atualizada em 16/02/2023 às 18h04min

Zeladores de sepulturas preocupados com privatização dos cemitérios

Reportagem: Vanessa Nascimento
Foto: Divulgação / Prefeitura Municipal de Campos
O Programa A Voz de Campos da Rádio Aurora mostrou nesta quinta-feira (16), a situação dos zeladores de sepulturas, dos cemitérios de Campos dos Goytacazes. A preocupação deles agora, é que com a aprovação da privatização feita pelo legislativo em junho do ano passado, como ficará a situação dos zeladores. Já que uma nova empresa irá entrar para administrar os cemitérios.

O Projeto de Lei (PL) n°0096/2022 autoriza o Poder Executivo Municipal, a outorgar concessão dos serviços de operação, exploração e manutenção dos cemitérios públicos municipais. De acordo com o zelador do Cemitério do Cajú, Leandro Nunes, de 48 anos, o Tio Léo, todos estão muito inseguros, pois ainda não tiveram nenhuma informação da prefeitura.


- Com a notícia da privatização dos cemitérios, nosso medo é a incerteza, é não saber como nós zeladores, vamos ficar. Queremos saber, se teremos o direito de ir e vir, se vamos continuar trabalhando nos cemitérios?”- Questionou Leandro, que disse trabalhar desde os sete anos de idade, no cemitério. “Quase toda minha família, ganha ou ganhou o sustento trabalhando como zeladores nos cemitérios. A minha mãe trabalha como zeladora, a minha avó e bisavó também trabalharam”, ressaltou. A função de um zelador de sepultura, é encerar, lavar as sepulturas, arear o bronze e manter a área aonde a sepultura está, limpa.

Nós entramos em contato com o diretor dos cemitérios públicos de Campos, Júlio César Xavier, o Juninho Jubiraca, que explicou sobre o funcionamento dos cemitérios, cobranças de taxas, entre outras informações. "Foi votada a taxa de manutenção em 2017 e de lá pra cá, é feito um check list da sepultura e estando tudo ok, é feito o contrato de manutenção, que é  cobrado anualmente o valor de uma UFICA, o que equivale a R$157,00. A família gostando do serviço, esse contrato é cobrado, se não gostar, não é cobrado", explicou Juninho. Ele destacou que as sepulturas são de responsabilidade da família e a prefeitura esta prestando um serviço com o espaço. Já sobre a privatização, foi feito um estudo de viabilidade, para saber se será  necessário privatizar, mas ainda não tem nada certo, não houve nenhuma  licitação para isso. 

- O cemitério do Cajú possui hoje, 10 funcionários para a limpeza. São três taxas cobradas, a de manutenção, a de sepultamento que é de R$282,00 e a taxa de abertura, no valor de R$180. - Descreveu o diretor, explicando que essa taxa de abertura, é para os serviços de limpeza, pintura de nove tampas de concretos, pinturas das quatro paredes da sepultura e colocação de areia no fundo.  

Ao todo, Campos possui 24 cemitérios públicos administrados pela Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca) e o Cemitério do Caju, é considerado o maior do interior do Estado do Rio, com 42 quadras e mais de 40 mil sepulturas registradas.

Nós também pedimos um posicionamento da CODEMCA, por meio da assessoria  de comuniação da prefeitura, sobre os questionamentos do zelador e assim que responderem, atualizaremos a matéria.
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