30/01/2023 às 09h25min - Atualizada em 30/01/2023 às 09h25min
Covid-19: Surgimento de novas variantes e subvariantes ainda preocupa; especialista alerta a importância da vacinação
O vírus se replica numa intensidade maior nas pessoas não vacinadas ou que estão com o esquema de vacinação incompleto, diz o médico infectologista Rodrigo Carneiro
A pandemia causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) não acabou. Após 3 anos da maior crise sanitária já registrada no mundo, o cenário ainda preocupa devido ao surgimento de novas variantes e subvariantes como a XBB.1.5, detectada recentemente no país.
A baixa procura pela vacina por uma parcela significativa da população, em especial pelas doses de reforço (terceira ou quarta), é considerada um agravante, pois favorece a circulação do vírus e o diagnóstico de novos casos. Segundo dados do Boletim Coronavírus, 1.817 pessoas receberam a terceira dose da vacina entre os dias 06 e 27 de janeiro deste ano, enquanto 1.830 campistas foram imunizados com a quarta dose.
O subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), médico infectologista Rodrigo Carneiro, reforça, mais uma vez, a importância da vacinação. “O aparecimento das novas subvariantes está condicionado à capacidade de replicação e circulação do vírus. Existe uma seleção de cepas com grande capacidade de replicação e o que notamos é que o vírus se replica numa intensidade maior nas pessoas não vacinadas ou que estão com o esquema de vacinação incompleto”, explicou o médico.
Ele disse que as duas maneiras de diminuir a circulação do vírus e a quantidade de pessoas infectadas são o esquema vacinal completo e as medidas restritivas, como evitar locais aglomerados.
“Quando diminuímos a circulação de pessoas, secundariamente, diminuímos a contaminação. O que se faz necessário é ter um maior número possível de pessoas vacinadas e, dentro do possível, reduzir as aglomerações”, afirmou Rodrigo Carneiro, acrescentando que “a vacina é a melhor proteção. Ela evita contaminações, casos graves, hospitalizações e mortes”.