O Sindipetro-NF protocolou na quarta, 25, ofício junto ao Ministério Público do Trabalho e a diversos órgãos de fiscalização, pedindo a interdição administrativa na plataforma P-50, na Bacia de Campos, em razão de riscos para a continuidade operacional, com potencial danos aos trabalhadores e ao meio ambiente.
“As más condições de manutenção e de habitabilidade denunciadas tornam imperiosa a interdição administrativa da unidade e a atuação das autoridades competentes. A embarcação está submetida a um processo de degradação devido à falta de investimentos e manutenção de sua estrutura e maquinário”, afirma o sindicato no documento.
A entidade recebeu relatos da categoria que apontam problemas nos turbo-geradores, com falhas no sistema de aquecimento de água, que interefere no processo de separação e enquadramento de petróleo e água descartada.
“Além disso, o gerador de emergência e o gerador auxiliar apresentam vazamentos no sistema de refrigeração, constituindo como um risco para a continuidade operacional em situações que exigem um tempo maior de utilização de tais equipamentos”, relata o sindicato.
Também há precariedade nas instalações e na integridade estrutural da unidade e do maquinário. Foram encontrados furos na linha de descarte de água oleosa, o que provoca aspersão de resíduos nocivos, com a contaminação do ar e de superfícies.
“As más condições estruturais da unidade operacional também refletem diretamente na precariedade da habitação da tripulação a bordo. Diversas denúncias apontam que nem mesmo os banheiros da unidade estão em pleno funcionamento. Segundo relatos, na localização do convés, do total de 6 (seis) banheiros, apenas 1 (um) resta como operacional. Já na localização do 2º piso do casario, de 4 (quatro) banheiros, também apenas 1 (um) está em funcionamento”, adiciona o documento.