“José Gilson contra o trovão”, primeiro livro do jornalista campista João Arruda, será lançado no dia 9 de fevereiro, às 20h, no restaurante Marocas (Rua Formosa, 955). A obra reúne 17 contos e crônicas que têm, em sua maior parte, o Rio de Janeiro como palco, e a juventude em Campos como arcabouço de sentimentos para nortear histórias que vagueiam entre o cotidiano e a fé (ou a falta dela).
Com impressão da Grafitusa, o livro conta com ilustrações do designer Lionel Mota, cujos traços traduzem histórias como “Pra quando o carnaval chegar”, “Por quem os sinos dobram” e “A esquina da saudade” – uma das crônicas que têm Campos como cenário, mas emoções universais como fios condutores. Recheado de citações e inspirações bíblicas, o livro reinterpreta trechos sagrados para o mundo real, com toda revolta e fé que a humanidade exige. A obra é também uma homenagem póstuma ao seu pai, José Gilson, que dá nome ao livro e inspira a crônica de encerramento.
“Boa parte das histórias eram publicadas nas redes sociais, sem compromisso, e acabavam ficando perdidas com o tempo. Então resolvi reuni-las num livro, que no conjunto acabam conversando entre si e contando um pouco das angústias dos homens do interior e da cidade grande”, disse João Arruda, que mora no Rio de Janeiro há 25 anos.
Em 1993, iniciou a graduação em Jornalismo pela Faculdade de Filosofia de Campos (hoje UniFlu), onde foi iniciado pela “Sociedade do Betume”, grupo de amigos da faculdade – inspirados em “Os meninos da rua Paulo”, clássico do húngaro Ferenc Molnár -, que se reunia para discutir política, cultura e outras coisas impublicáveis, em especial. Na faculdade, também foi um dos elementos responsáveis pelo FdP (Folha de Papel), folhetim satírico que comentava os bastidores da sociedade, com direito a performances teatrais pelos corredores da faculdade – incluindo o próprio João Arruda, travestido de macaco.
Já nos tempos livres, ele iniciava a carreira como repórter de Geral e Polícia nos jornais A Cidade e Folha da Manhã, em Campos. Um ano após se formar, em 1997, aproveitou as férias para buscar uma oportunidade no jornal O Dia, no Rio de Janeiro, onde acabou sendo contratado como repórter também de Geral e Polícia na Baixada Fluminense. De lá, foi para o jornal Extra, do grupo Globo, onde começou como redator, passando para repórter e editor-assistente do caderno de Entretenimento. Tempos depois, tornou-se editor da publicação e, em seguida, foi um dos responsáveis pela editoria de Geral e Polícia, até se tornar editor do jornal Expresso, do mesmo conglomerado de mídia, onde atua até hoje.