Inúmeros são os desafios que o Brasil deve enfrentar nas relações diplomáticas a partir de 2023. Passando pelo histórico dos últimos quatro anos em que o Governo não distinguiu entre política doméstica e interesses nacionais no trato diplomático, o novo governo se vê diante do obstáculo de recuperar a posição de destaque com a comunidade internacional.
Para Paulo Watanabe, professor de relações internacionais da São Judas, o país deve se abrir para novos debates: “Creio que o movimento será similar ao da redemocratização, em que o Brasil precisou apresentar novas credenciais à comunidade internacional, abrindo-se para novos debates e maior inclusão nas organizações internacionais. O novo Governo terá o desafio de colocar o país novamente nos trilhos que a comunidade internacional espera do Brasil”.
Protagonismo nas metas climáticas, o Brasil já ensaia a reaproximação com sua participação na COP 27 em 2022. Para 2023, Watanabe prevê mudanças. “Durante a campanha, o presidente Lula já falava da importância da inserção do Brasil nesse tema, contra a posição do atual governo. Até para que haja uma evidência clara de mudança de política externa, o governo Lula deverá reabrir o Brasil aos debates climáticos e de meio ambiente”.
O Brasil sempre foi uma potência decisiva nos rumos da América Latina, as condições hoje não são iguais às de antes. “As expectativas sobre o novo governo são de maior aproximação com os vizinhos da América do Sul e da América Latina. Na narrativa de Lula, o Brasil se afastou de todas as relações internacionais, inclusive, dos parceiros comerciais da região. A nova onda de esquerda recém-eleita facilita o diálogo entre os países sularmericanos com Lula. A expectativa é de uma política externa mais ativa e maior diálogo com os vizinhos”, ressalta Watanabe.
Em relação à guerra na Ucrânia, o professor relembra - “Na tradição da política externa brasileira, o país mantém a sua neutralidade em caso de guerras declaradas pelas partes, e contrário a agressões unilaterais, como é o caso da guerra contra a Ucrânia e como foi na Invasão ao Iraque em 2003. Creio que esse conflito atual seja uma justificativa que o governo poderá usar para reivindicar pela reforma do Conselho de Segurança da ONU, em que apenas 5 países (entre eles, a Rússia) possuem assentos permanentes e poder de veto”, finaliza o professor.
Sobre a São Judas
A São Judas integra o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima de Educação. Com 51 anos de tradição, é uma das três melhores universidades privadas do estado de São Paulo, segundo o Ministério de Educação (MEC), com nota 4 de 5 no Índice Geral de Cursos (IGC). Com aproximadamente 37 mil alunos, 11 unidades localizadas na Capital e Grande São Paulo e mais de 130 cursos, a instituição combina qualidade e acessibilidade, tradição e inovação, com o uso de novas metodologias educacionais, laboratórios multidisciplinares de aprendizagem integrada e programas de desenvolvimento de competências socioemocionais. A São Judas também contribui para democratização do Ensino Superior ao oferecer cursos digitais com diversos pólos dentro e fora de São Paulo. Além disso, o aluno aprende na prática desde o primeiro dia de aula.