Nesta quinta, 3 de novembro, Francisley Valdevino de Souza, conhecido como o "Sheik dos Bitcoins", foi preso em Curitiba (PR), em uma operação da Polícia Federal. Francis é suspeito de liderar fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas, fazendo milhares de vítimas no Brasil e no exterior. A prisão é em caráter preventivo, após o suspeito ter descumprido medida cautelar.
Para o advogado Jorge Calazans, sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados, que representa parcela dos clientes lesados em nome do Instituto de Proteção e Gestão do Empreendedorismo (IPGE), “em que pese a prisão preventiva de Francisley Valdevino , o Sheik dos Bitcoins diminua nas suas vítimas o sentimento de impunidade, cabe frisar que a medida visa única exclusivamente tutelar o processo, impedindo que o mesmo atrapalhe o seu andamento, já que descumpriu as medidas acordadas”.
Calazans ressalta que a prisão cautelar não representa uma antecipação da pena ou mesmo efeito de um julgamento que possa garantir o ressarcimento das vítimas. “Para análise e comprovação dessa culpabilidade e posterior ressarcimento ainda se faz necessário aguardar a conclusão do devido processo legal”.
Na primeira quinzena de outubro, o advogado que representa um grupo com uma centena de investidores lesados nas fraudes cometidas pelo Sheik dos Bitcoins pediu na Justiça do Paraná o levantamento e acesso a bens apreendidos pela Polícia Federal em imóveis, empresas e até uma aeronave ligados ao suspeito, de modo que os valores desse patrimônio possam ser garantidos para o ressarcimento das vítimas.