A segunda edição do Festival Acessa BH segue em cartaz online e gratuito até 31 de outubro. Um dos destaques é a estreia nacional do espetáculo, que transita entre a dança e o teatro, AVE, no dia 24 de outubro no canal Acessa BH no Youtube. Livremente inspirado em questões provocadas pela comédia “As Aves”, de Aristófanes, a montagem investiga jornadas individuais e coletivas na fundação de novas lógicas sociais, novas relações e uma nova realidade.
Mergulhando no universo de cores, sons e movimentos dos pássaros, o trabalho explora linguagens diversas como o cabaré, a dança contemporânea e a comédia popular. A montagem de AVE é da Cia Ananda de Dança Contemporânea e do Núcleo de Criação e Pesquisa Sapos e Afogados é resultado do encontro de suas respectivas diretoras, Anamaria Fernandes e Juliana Barreto, na edição passada do Acessa BH.
Partindo de perguntas e de uma reflexão cotidiana sobre sua própria condição e os diferentes olhares que recebe, Giovanni Venturini criou uma ação performativa que traz pílulas poéticas abordando a questão do nanismo como dispositivo para a criação, na peformance “A Não Ser”, que será exibido online no dia 25 de outubro.
Já no dia 26 é a vez de Cartas para Irene de Oscar Capucho. O trabalho fala sobre memória e saudade e se estrutura a partir de cartas escritas por Oscar Capucho à sua mãe, falecida em abril de 2012. Oscar Capucho é dançarino e ator. Ficou cego aos 9 anos devido a um descolamento de retina. Neste espaço-tempo que marca a transição entre o mundo permeado por imagens e um outro, no início obscuro, permeado de incertezas, Oscar descreve com muita emoção o papel que Irene, sua mãe, teve em sua vida.
Dos palcos do Theatro Municipal de São Paulo para as telas do Acessa BH
No dia 27 de outubro, quinta-feira, às 20h, é a vez de Mona Rikumbi abrilhantar a programação do Festival. A atriz, poeta, performer e modelo é ativista nas questões raciais, de gênero, de manutenção das tradições africanas e no protagonismo dos artistas com deficiência e na moda acessível. Além disso, é a primeira mulher negra e cadeirante a atuar no Theatro Municipal de São Paulo.
A artista apresentará o monólogo, Salve a Força Dos Ventos, acompanhada pelo percussionista Adetayo Ariel. De natureza étnica Bantu e textos autorais, a performance traz a perspectiva da cura, onde de forma lúdica "Matamba", Divindade Afro Bantu, leva para longe, com seus Ventos, todo mal do mundo. O acesso é pelo pelo canal do Acessa BH no Youtube.
Para encerrar o Festival no dia 31 de outubro será exibido HÚMUS: espetáculo de dança que nos coloca em contato com a nossa condição humana, marcada pelo eterno ciclo de nascer, morrer e renascer. Frente às diversidades humanas presentes em cena, vê-se tanto as diferenças dos corpos quanto a transcendência do que nos iguala. Húmus - Do fim ao começo…
Programação - Espetáculos online – disponíveis em www.youtube.com/AcessaBH
13/10 – 20h – Frida - Vanessa Cornélio (SP) - Duração: 12 minutos
Como uma pessoa com deficiência pode se estabelecer na arte? Como a sociedade, de modo geral, entende, recebe e se relaciona com tantas pessoas que coexistem juntas, em suas muitas e diferentes necessidades? Estas são algumas inquietações presentes em “Frida”, performance artística digital. A atriz e comunicóloga Vanessa Cornélio empresta sua pele a Frida Kahlo, celebrada artista mexicana, em um texto criado a partir de cartas, seu diário e mesmo citações em reportagens da época que ela viveu. Em suas semelhanças e individualidades, Frida e Vanessa compartilham sonhos, dores e desafios: como viver neste nosso mundo em um corpo com deficiência? Para além da performance, Vanessa traz depoimentos pessoais que se confundem com a trajetória de Frida, com falas potentes sobre as múltiplas e diversas questões que perpassam o cotidiano das pessoas com deficiência.
17/10 – 19h - Live com artistas Giovanni Venturini, Vanessa Cornélio e Mona Rikumbi
(Apresentação Brisa Marques) - Duração: 60 minutos
24/10 – 20h – Ave – Cia Ananda e Sapos e Afogados - Duração: 20 minutos
Ave é um documentário-espetáculo que traz fragmentos e depoimentos da criação “Ave”, composta por artistas da Ananda Cia de Dança Contemporânea e do Núcleo de Criação e Pesquisa Sapos e Afogados. Este trabalho inédito compartilha registros de gestos, sons e palavras que atravessam e constituem a construção de um espetáculo híbrido de dança e teatro. São com voos, revoadas, quedas, cantos e fúria que, poeticamente, os artistas questionam o lugar da arte na nossa sociedade e como esta tem lidado com corpos loucos e corpos violentados.
25/10 – 20h - A Não Ser - Giovanni Venturini (SP) - Duração: 28 minutos
Partindo de perguntas e de uma reflexão cotidiana sobre sua própria condição e os diferentes olhares que recebe, Giovanni Venturini criou uma ação performativa que traz pílulas poéticas abordando a questão do nanismo como dispositivo para a criação. A apresentação tem momentos narrativos e performativos, a fim de contextualizar o universo explorado pelo artista. Além do viés da acessibilidade, o espetáculo busca provocar uma reflexão sobre a identidade única de cada ser humano e assim facilitar o processo de aceitação de suas diferenças.
26/10 – 20h – Cartas para Irene - Oscar Capucho (MG) - Duração: 60 minutos
“Cartas para Irene” é um trabalho que fala sobre memória e saudade e se estrutura a partir de cartas escritas por Oscar Capucho à sua mãe, falecida em abril de 2012. Oscar Capucho é dançarino e ator. Ficou cego aos 9 anos devido a um descolamento de retina. Neste espaço-tempo que marca a transição entre o mundo permeado por imagens e um outro, no início obscuro, permeado de incertezas, Oscar descreve com muita emoção o papel que Irene, sua mãe, teve em sua vida.
27/10 – 20h - Kiuá Matamba – Salve a Força dos Ventos - Mona Rikumbi (SP) - Duração:
32 minutos
Monólogo da artista Mona Rikumbi, acompanhada pelo percussionista Adetayo Ariel. Utilizando cânticos e toques do Ngoma (tambores) com referências de natureza étnica Bantu e textos autorais, a performance traz a perspectiva da cura, onde de forma lúdica "Matamba", Divindade Afro Bantu, leva para longe com seus Ventos, todo mal do mundo. Sobre: fome, racismo, sexismo, capacitismo, medo, guerra, morte…
31/10 – 20h – Húmus – Coletivo. Direção Renata Mara (MG) - Duração: 50 minutos
Substância orgânica amorfa que fertiliza a terra – HÚMUS: espetáculo de dança que nos coloca em contato com a nossa condição humana, marcada pelo eterno ciclo de nascer, morrer e renascer. Frente às diversidades humanas presentes em cena, vê-se tanto as diferenças dos corpos quanto a transcendência do que nos iguala. Húmus - Do fim ao começo…
Programação – Atividades formativas online (Debates no canal do www.youtube.com/AcessaBH)
Debate 4 - Encontro com Artistas
Quando: Dia 19/10, quarta-feira, às 19h
Artistas com deficiência compartilham suas experiências
Brenda Martins – Atriz surda e negra. Integrante do Grupo Signatores, grupo composto por atores surdos
Renata Mara – Artista de dança, docente, pesquisadora e psicóloga com baixa visão.
Mediação: Brisa Marques – Artista, escritora, letrista e jornalista
Oficinas
Oficina #ForadaCaixa - Acessibilidade Criativa para Projetos Culturais
Ementa: A oficina tem como objetivo inspirar e desenvolver estratégias criativas de acessibilidade para projetos culturais alinhados aos fundamentos técnicos da área. Inicialmente, serão apresentados os fundamentos da acessibilidade comunicacional, do Desenho Universal e dos princípios da acessibilidade criativa e artística. Em seguida, será construída uma demonstração de proposta acessível para um projeto cultural imaginário. As aulas serão conduzidas mesclando a teoria com o relato de experiências.
Ministrante: Andreza Nóbrega
Doutoranda em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC com pesquisa envolvendo a pedagogia do teatro, a inclusão e a formação de espectadores sob a orientação do Dr Flávio Desgranges. É mestra em educação com enfoque na Educação Inclusiva (UFPE), especialista em audiodescrição (UFJF), graduada em Licenciatura em Educação Artística, com habilitação em Artes Cênicas (UFPE). É atriz, audiodescritora, professora da rede pública de ensino e produtora cultural. Coordenadora da VouSer Acessibilidade, é idealizadora de ações formativas e inclusivas nos projetos: Festival Conectação, Encontro de Acessibilidade Comunicacional em Pernambuco, Experiri Lab de Artista, Cine Às Escuras: Mostra Erótica de Cinema Acessível, do Cineclube VouVer Filmes, Conectação Teatro e LABAcessibilidade Artística e Criativa.
Número de vagas: 30 vagas por turma
Público alvo: Artistas, produtores, gestores culturais, arte-educadores, profissionais da acessibilidade e interessados em geral.
Pré-requisito: É necessário que os alunos possuam computador ou celular com acesso à internet, áudio e vídeo. No caso de acesso pelo celular, é necessário ter instalado o aplicativo Zoom.
Cronograma Turma 3
Período de inscrição: 12 de setembro a 12 de outubro
Divulgação dos alunos selecionados: 14 de outubro
Datas das aulas: 18 e 20 de outubro
Horário das aulas: das 19h às 22h
Serviço
Teatro Wanda Fernandes – Galpão Cine Horto
Rua Pitangui, 3613 – Horto – Belo Horizonte/MG
Espaço Cênico Yoshifumi Yagi - Teatro Raul Belém Machado
Rua Leonil Prata, s/n - Alípio de Melo – Belo Horizonte/MG
Acessibilidade:
Mais informações sobre o evento: https://acessabh.com.br
O “Festival Acessa BH” é realizado por Lais Vitral e Vitral Bureau Cultural, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com o patrocínio da MGS, e patrocínio da Vallourec e do Instituto Unimed-BH através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O “Seminário Acessa BH” é realizado por Lais Vitral e Vitral Bureau Cultural, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.