30/09/2022 às 11h42min - Atualizada em 01/10/2022 às 00h00min

A PAUTA DA EDUCAÇÃO VIROU UM FORTE “CABO ELEITORAL” EM SÃO PAULO

Nestas eleições, 2,1 milhões de jovens entre 16 e 17 anos poderão votar. Por isso, inclusive, a pauta da educação está com forte apelo nas eleições e ganha corpo na pauta dos candidatos.

SALA DA NOTÍCIA Uirá Banheza
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o eleitorado brasileiro em 2022 é 6,21% maior do que o registrado na última eleição em 2018. Um grande aumento registrado foi no número de jovens entre 16 e 17 anos. Nestas eleições, 2,1 milhões de jovens nessa faixa etária poderão votar. Por isso, inclusive, a pauta da educação está com forte apelo nas eleições e ganha corpo na pauta dos candidatos.

Não à toa, com o desafio de conquistar São Paulo, estado que nunca elegeu um governador do PT, tem levado o petista Fernando Haddad a recorrer mais à sua experiência como ministro da Educação do que como prefeito da capital paulista. É a paternidade do ProUni uma de suas principais bandeiras em propagandas e eventos.

Mas não só ele. Políticos mais alinhados à direita também estão buscando nessa plataforma o seu pilar de campanha. Entre eles podemos citar o candidato Leonardo Siqueira do NOVO. Leo Siqueira é um menino prodígio, um “Tabata Amaral da Direita”. Leo é filho e neto de nordestinos e cresceu no Bairro Artur Alvim. Aos 16 anos foi ser piloto da Força Aérea e logo depois perdeu o pai, aos 18 anos. Resolveu cursar economia aos 21 anos de idade e entrou na FGV aos 23 com bolsa de estudos por mérito. Usa a sua experiência para pautar a plataforma da sua candidatura a deputado estadual por São Paulo pelo partido Novo.

Costuma dizer que no Brasil, a pauta da educação foi sequestrada por partidos de esquerdas que propõem políticas bem intencionadas, mas que nunca funcionam. “Basta olhar os rankings de educação. O PISA, principal ranking de educação internacional, mostra que o Brasil está estagnado e na rabeira dos países. Tudo isso porque, ao invés de propor políticas que funcionam, olhando os dados e as experiências que deram certo ao redor do mundo, os partidos de esquerda preferem militar e agir como um grupo de sindicalistas. O que eu proponho é diferente: é investir na educação básica, valorizar o ensino técnico e deixar que o ensino superior público possa ter uma integração com a iniciativa privada.”, assinala.

Outra que tem usado a bandeira da Educação em sua campanha é a candidata Marina Helena, que pleiteia uma vaga a deputada federal também pelo Novo. Ela é uma autêntica defensora do mercado e do liberalismo e apoia uma pauta que causa arrepios à esquerda: o programa de vouchers para educação na primeira infância. O sistema de vouchers nada mais é do que a entrega de “tíquetes” – semelhante ao cartão do Bolsa Família – com os quais os pais podem matricular os filhos em creches e escolas particulares. Surge, portanto, como uma alternativa aos colégios públicos, até agora a única opção possível para os estudantes de baixa renda.  A proposta já foi aplicada em países como Chile, Austrália, Suécia e em alguns lugares dos Estados Unidos.

Na onda polêmica da pauta da educação está o ex-secretário da Educação do Estado Rossieli Soares (PSDB), que usou a sua passagem na pasta para capturar o macro mailing da Secretaria. Professores da rede estadual de ensino de São Paulo passaram a receber mensagens de texto em seus celulares com propaganda eleitoral e pedidos de voto para o ex-secretário, candidato a deputado federal. Ex-ministro da Educação no governo de Michel Temer (MDB) e secretário estadual por pouco mais de três anos na gestão João Doria (PSDB), Rossieli se desincompatibilizou do posto em abril para disputar a eleição de outubro.

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