26/09/2022 às 18h10min - Atualizada em 26/09/2022 às 18h10min
Dia do Doador de Órgãos: Programa Municipal de Transplantes celebra mais de 500 captações
Este ano, o programa realizou sete captações até o primeiro semestre de 2022, que resultaram na doação de seis córneas, seis fígados, dois rins, pele, tendões e ossos
O Dia Nacional do Doador de Órgão é celebrado em 27 de setembro. A data foi criada no intuito de conscientizar a sociedade sobre a importância da doação. Com atuações em Campos e municípios vizinhos desde 1992, o NF Transplantes – Programa Municipal de Transplantes, que funciona no Hospital Ferreira Machado (HFM), totaliza, ao longo desta trajetória, 533 casos concluíram os procedimentos técnicos e administrativos que culminaram em captações para salvar vidas de inúmeros pacientes que aguardaram por anos o transplante nas filas. O levantamento da ação do órgão foi divulgado nesta segunda-feira (26).
Ligado ao Programa Estadual de Transplantes (PET-RJ) e ao Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, o NF Transplantes realizou sete captações até o primeiro semestre de 2022, que resultaram na doação de seis córneas, seis fígados, dois rins, pele, tendões e ossos. Já no ano de 2021, a equipe do NF realizou a captação de 16 rins, 10 córneas e seis fígados, totalizando 32 captações de órgãos.
Para o coordenador do NF Transplantes, o médico Luiz Eduardo Castro de Oliveira, a data deve ser lembrada para que mais pessoas entendam o processo e se tornem doadoras de órgãos. “O principal objetivo do dia do doador de órgãos é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser um doador. Tal prática tem o intuito de ajudar milhares de pessoas que lutam por uma oportunidade de salvar as suas vidas”, disse.
O psicólogo do NF Transplantes, Luiz Antônio Cosmelli, comenta a importância desse momento para a reflexão sobre o tema e esclarecimento de dúvidas. “A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) organiza anualmente a Campanha Nacional de Doação de Órgãos, com ações informativas e eventos sociais em todas as capitais brasileiras, buscando informar e conscientizar da importância desse ato de generosidade. Por isso, esse atendimento humanizado da família faz toda a diferença”, enfatizou.
Como ser doador de órgãos – De acordo com a legislação brasileira (lei nº 10.211, de 23 de março de 2001), a retirada dos órgãos e tecidos para doação só pode ser feita após autorização dos membros da família, como esclarece o Assistente Social Marcelo Barbosa. “Aquela informação de que era feita através da carteira de identidade, não procede desde 2001 para evitar possíveis divergências nas informações. Não é necessário registro em qualquer documento ou em cartório, nem mesmo em testamento. Basta apenas informar seu desejo aos seus familiares”, esclareceu.
Para doação, o paciente deve ter sofrido uma morte encefálica, pois somente assim os seus principais órgãos vitais permanecerão aptos para serem transplantados para outras pessoas que estão na lista de espera e são compatíveis. Pessoas vivas também podem ser doadores de órgãos, mas no NF Transplante só são feitas as doações no pós-morte, ou seja, que são concluídas após a morte encefálica do potencial doador.
Um dos rins ou pulmões, parte do fígado, do pâncreas e da medula óssea são exemplos de órgãos que podem ser doados por pessoas ainda em vida. Já na morte encefálica, os órgãos que podem ser doados são: o coração, os dois pulmões, o fígado, os dois rins, o pâncreas e o intestino. Os tecidos como córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas também podem ser doadas nesta situação.
