17/06/2019 às 16h41min - Atualizada em 17/06/2019 às 16h41min

Número de tiroteios perto de escolas e creches no Rio envolvendo policiais cresce 54% nos cinco primeiros meses do ano

Dados são do Laboratório Fogo Cruzado. Foram 453 tiroteios

G1
Pablo Jacob / Agência O Globo
O número de tiroteios próximo a escolas e creches e que envolvem agentes de segurança do Estado no Rio de Janeiro disparou 54% nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a plataforma Fogo Cruzado.

Entre janeiro e maio do ano passado, foram registrados 294 confrontos deste tipo a menos de 300 metros de unidades de ensino. Em 2019, este número aumentou para 453 tiroteios.

“Esse agente pode estar ou não em serviço. Por isso a gente diz ‘presença de agente de segurança’ e não operações ou ações policiais. A gente precisa pensar em como treinar os agentes de segurança para proteger as nossas crianças e não colocá-las em risco”, explicou Isabel Couto, gestora de dados do Fogo Cruzado.

Os números de mortos e feridos neste tipo de confronto nos arredores de escolas em horário de aulas também cresceu de um ano para outro. De janeiro a maio deste ano foram 225 mortos, um crescimento de 5% em relação ao ano passado, e 273 feridos, um aumento de 36% em comparação com 2018.

Os confrontos armados são mais intensos na Vila Kennedy, na Zona Oeste da capital fluminense, e nos complexos do Alemão e da Maré, na Zona Norte.

Violência armada

Segundo o mesmo estudo, entre janeiro e maio deste ano, a plataforma Fogo Cruzado registrou 3.504 tiroteios na Região Metropolitana. São 312 a menos do que no mesmo período do ano passado, ou seja, uma queda de 8,18%.

Deste total de tiroteios, 1.410 confrontos aconteceram a menos de 300 metros de escolas e creches, públicas e particulares. Em comparação ao ano passado, os tiroteios perto de escolas caíram 6,25%, acompanhando a redução geral do número de confrontos.

Porém, se levarmos em consideração a porcentagem que estes tiroteios próximos a escolas representam no total de disparos ou troca de tiros, houve um aumento. Em 2018, eles representavam 39,4% do total. Este ano, eles são 40,2%.

“Se a violência armada reduziu um pouquinho, em nada isso teve a ver com a preservação da rotina escolar. Porque a rotina nas escolas continua sendo proporcionalmente tão afetada quanto era antes”, destacou Isabel Couto.

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