16/08/2022 às 15h07min - Atualizada em 16/08/2022 às 15h07min

Saúde: Infectologista pede cautela na hora de realizar teste para Covid-19

Após o surgimento dos sintomas, a pessoa deve esperar de 4 a 5 dias para fazer o exame e não correr o risco de o resultado dar negativo

Jornal Aurora - Redação
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As pessoas que apresentarem tosse, febre, dor de garganta ou cansaço excessivo, devem realizar o autoteste para Covid-19 entre o 4° e 5° dia de surgimento dos sintomas. A orientação é do assessor técnico do Departamento de Vigilância em Saúde da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), da Secretaria Municipal de Saúde, médico infectologista Charbell Kury.

“Com a variante Ômicron, hoje temos uma janela epidemiológica mais curta entre o que era usado nas variantes Delta, Alfa e Gama. Após a infecção, os sintomas já aparecem com dois ou três dias e quem está fazendo o autoteste pode ter, às vezes, um resultado negativo. Um estudo feito pela revista científica JAMA mostrou que, quanto mais doses de vacina você toma, menor o logaritmo do vírus na nasofaringe, principalmente se tratando da Ômicron. Essa menor concentração faz com o teste dê negativo nos primeiros dias. Daí a conclusão de que ele deve ser feito um pouco mais tarde, perto de 96h dos sintomas”, explicou Charbell.

Ele disse que, anteriormente, com um dia de sintoma, a pessoa testava positivo, tendo tomado duas doses de vacina. “Os autores do estudo dosaram a carga viral em vários momentos após a doença e chegaram à conclusão de que os mais vacinados, ou seja, aqueles que tomaram a 3ª e 4ª doses, têm menos vírus, que faz com que o antígeno dê negativo e o PCR, positivo, já que o PCR tem uma sensibilidade maior”.

Diante dessa realidade, o médico pede cautela à população. “Mesmo que o teste tenha dado negativo, não saia abraçando ou beijando as pessoas. Se você tem sintomas, use máscara e fique alguns dias em casa até repetir o exame. Se for comprar um autoteste em farmácia, espere de 4 a 5 dias para a realização do mesmo”, afirmou ele.

Em relação às subvariantes BA1, BA4 e BA5, as duas últimas estão em maior evidência, segundo Charbell. “Elas têm como maiores características a fuga dos anticorpos, reinfecção de quem teve BA1, prevalência maior em idosos acima de 80 anos e maior número de internações e óbitos. Por isso, tomar a 4ª dose é essencial para levantar os anticorpos protetores”, disse o médico, ressaltando que a taxa de positividade no país pela Ômicron em julho chegou a 18%, índice parecido com o de Campos.

“Entre janeiro e junho de 2020 tivemos 10 milhões de casos no Brasil e quase 600 milhões no mesmo período deste ano. Os números aumentaram, porém com menor gravidade e óbitos, graças as vacinas”.

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