O pedido de recuperação judicial do Grupo Canabrava, responsável pela Usina Nova Canabavra, em Campos, foi aceito pela Justiça.
Foram cerca de quarenta dias sem um administrador. O antigo arrendatário judicial, o grupo RLO Soluções Empresariais, que estava na empresa desde 2018, pediu para se desligar no final de junho. O fim do arrendamento se deu junto ao pedido de Recuperação Judicial da Canabrava.
O atual administrador judicial da usina, que foi nomeado na segunda-feira (1°), é a multinacional PWC Brasil. A nova nomeação aconteceu em paralelo ao deferimento do pedido de Recuperação Judicial da empresa pela Terceira Vara Cível de Campos.
O caso gerou algumas incertezas em funcionários e também nos moradores de Campos e de cidades vizinhas, uma vez que o setor canavieiro é a base da economia do Norte Fluminense.
Os dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, sempre disparam no período da safra de cana-de-açúcar, gerando cerca de 500 novos empregos na cidade. Campos tem também a usina Coagro, outra grande empresa do setor, que é responsável pela produção de açúcar e etanol.
A Canabrava conta com 4 mil empregos. Na atual safra, iniciada em abril, a usina tem previsão de produzir 72 milhões de litros de etanol e 44 megawatts/hora de energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar.
O diretor administrativo do grupo, Alex Rossi, explicou que o documento de Recuperação Judicial da usina tem a premissa de quitar dívidas herdadas de gestões anteriores.
"Esse processo de reestruturação ao qual o grupo Canabrava está construindo, tem como objetivo organizar e quitar as dívidas deixadas pela gestão passada. Todas essas dívidas foram constituídas anterior a 2018", disse Rossi.