Em uma reviravolta favorável a Anthony Garotinho, o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, mudou o voto e decidiu pela anulação da ação penal do ex-vereador Thiago Ferrugem no âmbito da operação Chequinho. Com isso, Garotinho volta a ter chances de disputar o governo do Rio. O ex-governador havia sido condenado no âmbito da Chequinho e, agora, pleiteia a extinção da condenação para que possa concorrer na eleição deste ano.
Indicado por Jair Bolsonaro ao STF, Nunes Marques e André Mendonça haviam votado contra Garotinho. Filha do ex-governador, Clarissa Garotinho vem se mostrando uma importante aliada de Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
O julgamento virtual na 2º Turma um recurso da Procuradoria-Geral da República que busca restabelecer a condenação de Ferrugem no âmbito da operação Chequinho. O julgamento termina em 5/8, devido ao recesso.
Em março, o ministro Ricardo Lewandowski acatou recurso do ex-vereador e anulou o processo criminal da operação Chequinho. Ferrugem foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em agosto de 2019, a três anos e oito meses de prisão, substituídos por pagamento de multa e proibição de exercer cargos públicos, por suposta troca de votos por benefícios do programa Cheque Cidadão na eleição municipal de 2016.
O ministro Ricardo Lewandowski votou contra o recurso da PGR e foi acompanhado pelo ministro Gilmar Mendes.
O ministro Edson Fachin abriu divergência e votou pela procedência do recurso da PGR, e foi acompanhado por Nunes Marques. Em seguida, o ministro André Mendonça pediu vista e suspendeu o julgamento. Mendonça devolveu os autos nesta sexta-feira e votou com Edson Fachim, formando maioria contra o recurso de Ferrugem.
Na sequencia, o ministro Nunes Marques retirou o voto e mudou o entendimento, passando a acompanhar o relator Ricardo Lewandowski.
Com o placar de 3×2, a ação penal decorrente da operação Chequinho está anulada.