28/06/2022 às 10h55min - Atualizada em 28/06/2022 às 10h55min
Alimentação, fome e desperdício tratados na Conferência de Segurança Nutricional
- Redação
A Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, realizada nesta segunda-feira (27) no auditório do CCH, na Universidade do Norte Fluminense (UENF), debateu as políticas públicas para garantir a alimentação adequada para a população. Com o tema “Comida de verdade nas mesas da cidade: Alimentação sustentável com geração de emprego e renda; da produção à mesa, no combate à fome e ao desperdício”, o evento reuniu representantes da sociedade civil e do poder público. O secretário municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho representou o prefeito Wladimir Garotinho.
Na abertura do evento, o secretário destacou a preocupação do poder público municipal na garantia da segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social. O Restaurante do Povo desde à inauguração ofertou mais de 610 mil refeições.
“A Universidade tem um papel muito importante na construção das políticas públicas. Estamos sempre ouvindo as sugestões. Muito mais que eleger um representante é levar para a etapa estadual propostas no âmbito regional. Campos tem muitas famílias na faixa da extrema pobreza, mas debates como estes são fundamentais”, destacou Rodrigo, lembrando que mais de três mil famílias foram beneficiadas pelo Cartão Goitacá, programa de transferência de renda no valor de R$ 200.
“Alimento tem”, disse o secretário municipal Agricultura, Pecuária e Pesca, Almy Junior. De acordo com Almy, 800 milhões de pessoas passam fome no mundo, e tem comida sendo desperdiçada que pode alimentar 2 bilhões de pessoas.
O secretário lembrou que os agricultores também passam dificuldades. “Precisamos lembrar antes de tudo de quem produz o alimento. A gente precisa construir uma política de valorização do homem do campo. O debate desta conferência é um instrumento importante para criarmos mecanismos para profissionalizar os produtores e fortalecer o trabalho na área rural”.
Para a Reitora em Exercício da UENF, professora Rosana Rodrigues, o tema é de extrema importância, pois cerca de 33 milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar e falou da importância da união dos municípios na construção das políticas, de curto, médio e longo prazo para sanar as questões relacionadas à fome.
A Uenf aderiu ao “Universidade Impacto Acadêmico”, programa das Organizações das Nações Unidas (ONU), e com a assinatura a instituição assume o compromisso de colocar os melhores esforços nos problemas da humanidade. “As mudanças climáticas, a produção de alimentos, comercio justo e a insegurança alimentar. A Universidade está empenhada para auxiliar ativamente na solução destes problemas”.
Paulo Honorato, presidente da Associação dos Moradores Quilombolas, falou da importância de valorizar a agricultura familiar. “Estamos juntos para auxiliar nas propostas para melhorar a qualidade de vida do produtor rural e das comunidades”
Participaram do evento, a coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional, Thais Serafim; o presidente do Conselho de Segurança Alimentar (CONSEA), Davi Barbosa e o diretor de programas e projetos, Marcelo Âreas. “A Conferência é uma forma de auxiliarmos os produtores, propor políticas públicas para extinguir a fome e a miséria que assola o nosso planeta. A realidade da fome é gritante no mundo inteiro. É desafiador para nós sociedade civil e todos os envolvidos. Combater a fome é um ato de amor”, finaliza Davi.
A presidente do CONSEA Estadual, Renata Machado e coordenadora do Sistema de Segurança Alimentar, Camile Linche participaram da mesa “A garantia do acesso à alimentação de qualidade e em quantidade suficiente: Desafios do pós-pandemia”; e foram apresentados os dados do INSAN nos pescadores artesanais do Norte Fluminense, pelo professor Geraldo Timoteo, da Pescarte.